segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Situação na Geórgia
A comunidade mundial segue com preocupação os recentes desenvolvimentos da situação na Geórgia. A decisão tomada pelas autoridades russas de reconhecerem a alegada independência da Abkázia e da Ossétia do Sul foi objecto de uma declaração da Presidência do Conselho da União Europeia, reiterando o respeito pela soberania da Geórgia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas e do dever de prosseguir os esforços de procura de uma solução política para a crise, assente numa aplicação efectiva do acordo assinado pelo Presidente da Federação Russa e pelo Presidente da Geórgia. Portugal participou no Conselho Europeu extraordinário de dia 1 de Setembro.
Soube-se que as equipas humanitárias europeias têm tido dificuldades para entrar na Ossétia do Sul e na Abkhásia, apesar de esforços feitos, segundo denunciou em Bruxelas a Comissão Europeia. A União Europeia informou a Rússia do problema em causa e pediu ajuda para se ultrapassar este impasse. Mas a resposta russa foi que estavam dispostos a receber o material de ajuda humanitária e a distribui-los eles próprios. O montante da ajuda humanitária da UE destinado à Geórgia está avaliado em seis milhões de euros.
Entretanto o Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres, terminou uma missão de quatro dias à Geórgia e à Rússia, onde abordou a questão do regresso de todas as pessoas deslocadas da região da Ossétia do Sul devido ao conflito entre os dois países. Encontrou-se com altos representantes do Governo georgiano e com o Ministro dos Negócios Estrangeiros russo. As discussões abordaram a questão do processo e do direito ao regresso de todos os civis que foram obrigados a fugir. As autoridades russas estimam que mais de 30 000 pessoas oriundas da Ossétia do Sul (Geórgia) tenham fugido para a Ossétia do Norte (Rússia). Cerca de 128 000 pessoas estariam deslocadas no interior da Geórgia. António Guterres visitou locais que acolhem refugiados da Ossétia do Norte e deslocou-se também à Ossétia do Sul. Foi o primeiro alto responsável internacional a visitar esta região desde a deflagração do conflito, no início de Agosto, segundo o Centro de Notícias da ONU.
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