sexta-feira, 30 de março de 2007

No âmbito do Debate Nacional de Educação Foram recentemente publicadas as conclusões do Encontro "Visões de Futuro para Aveiro. Desafios locais de educação", integrado no Debate Nacional de Educação e promovido pelo Gabinete de Estudos do PS em Aveiro. Entre as ideias emergentes salientam-se o da Educação como prioridade inalienável no desenvolvimento local e global. Salientou-se o carácter crucial da preparação precoce das novas gerações para a realização pessoal e para a vivência pacífica e solidária nas sociedades multiculturais. Destacaram-se como objectivos fundamentais da Educação da Infância e do Ensino Básico, o desenvolvimento de competências sociais de cooperação, de iniciativa nas interacções, do saber fazer amigos e da importância da auto-confiança, da auto-estima e do auto-controle como condições de promoção do sucesso dos alunos. Tudo é pedido às escolas, como se estas fossem as responsáveis únicas pela missão de Educar/Formar, ignorando que essa importante tarefa social não pode ser assumida por ela de forma solitária. Ficou clara a ideia de que a “rede escolar” formal deixa escapar grande parte dos cidadãos. Foi dada relevância à necessidade de se passar a ver a Educação como tarefa de todos, da comunidade, pelo que se carece de uma nova e activa abordagem, onde assume especial importância a organização de redes sociais de cidadãos, associações, escolas e famílias e de uma maior aposta na Formação: a) Dos professores (inicial e contínua) b) Dos Pais/Famílias, reequacionando papéis e responsabilidades. c) Dos agentes políticos em geral e de um modo particular dos responsáveis directos nas autarquias. Numa lógica de articulação, foi assinalada a vantagem das parcerias entre as autarquias e as Instituições de Formação de Professores. Levantaram-se as seguintes questões, que aqui ficam também, para um debate continuado e a que é importante dar respostas: Que competências de cidadania devem ser adquiridas por todos os alunos na escolaridade básica universal? Como promover uma melhor articulação entre a educação escolar e outras formas de aprendizagem ao longo da vida para que todos exerçam uma cidadania activa e responsável? Como fomentar uma melhor articulação entre os professores e os pais/encarregados de educação tendo em vista melhorar o sucesso escolar dos alunos? De que formação inicial e contínua precisam os professores nos próximos anos? Que organização escolar poderá melhorar o processo educativo? Que tipo de autonomia e que mecanismos de responsabilização devem ser postos em prática nas escolas? Que podem as comunidades locais fazer mais pelas suas escolas?

segunda-feira, 26 de março de 2007

VALORES EUROPEUS?

Para tornar realidade os nossos ideais comuns...conheça-os! No dia 25 de Março 2007 foi assinada a Declaração de Berlim, no 50.º aniversário da assinatura dos Tratados de Roma, pela chanceler alemã Angela Merkel, que preside actualmente à UE, pelo presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e pelo presidente do Parlamento Europeu, Hans-Gert Pöttering. Esta Declaração fixa 2009 como o ano para a aprovação de um novo tratado europeu, depois do falhanço na aceitação da Constituição Europeia nos seus moldes anteriores. A declaração foi assinada na presença dos chefes de Estado e de Governo dos Vinte e Sete países da União Europeia. Apresentamos-lhe alguns extractos desta declaração e salientamos os valores nela declarados: "(...)
  1. Na União europeia, tornamos realidade os nossos ideais comuns: no cerne está, para nós, a pessoa humana. A sua dignidade é inviolável. Os seus direitos são inalienáveis, homens e mulheres são iguais em direitos. Aspiramos à paz e à liberdade, à democracia e ao primado do direito, ao respeito mútuo e à responsabilidade, ao bem-estar e à segurança, à tolerância e à partilha, à justiça e à solidariedade. (...) Defendemos na União europeia a autonomia e as diversificadas tradições dos seus membros. As fronteiras abertas e a tão viva diversidade das línguas, das culturas e das regiões são para nós fonte de enriquecimento (...).
  2. (...) A riqueza da Europa reside nos conhecimentos e saberes das suas gentes; é essa a chave para o crescimento, o emprego e a coesão social. Juntos lutaremos contra o terrorismo e a criminalidade organizada, sem deixarmos de defender a liberdade e os direitos cívicos na luta que travamos contra aqueles que os querem aniquilar. O racismo e a xenofobia jamais poderão voltar a ter uma oportunidade. Pugnamos por que os conflitos que afligem o mundo sejam resolvidos pacificamente (...). É intenção da União europeia promover a liberdade e o desenvolvimento no mundo, vencer a pobreza, a fome e a doença. Queremos continuar a assumir um papel de liderança em prol destes objectivos. Queremos avançar juntos na política energética e na defesa do clima (...).
  3. (...) A União europeia continuará também a promover a democracia, a estabilidade e o bem-estar para além das suas fronteiras. A unificação da Europa veio dar vida a um sonho de gerações passadas. Manda a nossa história que preservemos tal fortuna para as gerações vindouras. Devemos para isso moldar, a cada passo e ao ritmo dos tempos, a configuração política da Europa. Por isso nos une hoje, cinquenta anos passados sobre a assinatura dos tratados de Roma, o objectivo de, até às eleições para o parlamento europeu de 2009, dotar a união europeia de uma base comum e renovada. Porquanto temos a certeza: a Europa é o nosso futuro comum".

sexta-feira, 23 de março de 2007

CINCO PRIORIDADES DA EDUCAÇÃO

Sabe quais as dimensões consideradas mais importantes para o país? 1º) PROSSEGUIR NO ESFORÇO DE ALARGAMENTO DA COBERTURA DO PAÍS NA EDUCAÇÃO DA INFÂNCIA (no que respeita aos cuidados com as crianças dos 0-3 anos de idade e da cobertura na Educação da Infância dos 3-6 anos de idade). As formas de organização desta cobertura devem ser definidas com a participação de todos. 2º) GARANTIR A QUALIDADE NAS APRENDIZAGENS DAS COMPETÊNCIAS BÁSICAS E DO SUCESSO DE TODOS, para diminuir a desigualdade escolar. Esta dimensão passa pela estabilidade do sistema, das políticas e do corpo docente. 3ª) UNIVERSALIDADE DO ACESSO AO ENSINO SECUNDÁRIO E A ADOPÇÃO DESTE NÍVEL DE ENSINO COMO REFERENCIAL DE QUALIFICAÇÃO PARA TODOS, para melhorar as condições quer para o prosseguimento de estudos superiores, quer para a entrada no mercado de trabalho. 4º) APROFUNDAR E ALARGAR AS COMPETÊNCIAS DE GESTÃO DAS ESCOLAS, BEM COMO DAS AUTARQUIAS, de forma a melhorar as condições de prestação local da educação e uma efectiva participação da comunidade na vida da escola. 5ª) AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO, das escolas, dos professores, dos manuais e dos instrumentos de ensino. Estes foram os pontos essenciais a ter em conta, segundo um discurso da ministra da Educação no dia 30 de Março 2007.