No âmbito do Debate Nacional de Educação
Foram recentemente publicadas as conclusões do Encontro "Visões de Futuro para Aveiro. Desafios locais de educação", integrado no Debate Nacional de Educação e promovido pelo Gabinete de Estudos do PS em Aveiro. Entre as ideias emergentes salientam-se o da Educação como prioridade inalienável no desenvolvimento local e global. Salientou-se o carácter crucial da preparação precoce das novas gerações para a realização pessoal e para a vivência pacífica e solidária nas sociedades multiculturais. Destacaram-se como objectivos fundamentais da Educação da Infância e do Ensino Básico, o desenvolvimento de competências sociais de cooperação, de iniciativa nas interacções, do saber fazer amigos e da importância da auto-confiança, da auto-estima e do auto-controle como condições de promoção do sucesso dos alunos.
Tudo é pedido às escolas, como se estas fossem as responsáveis únicas pela missão de Educar/Formar, ignorando que essa importante tarefa social não pode ser assumida por ela de forma solitária. Ficou clara a ideia de que a “rede escolar” formal deixa escapar grande parte dos cidadãos. Foi dada relevância à necessidade de se passar a ver a Educação como tarefa de todos, da comunidade, pelo que se carece de uma nova e activa abordagem, onde assume especial importância a organização de redes sociais de cidadãos, associações, escolas e famílias e de uma maior aposta na Formação:
a) Dos professores (inicial e contínua)
b) Dos Pais/Famílias, reequacionando papéis e responsabilidades.
c) Dos agentes políticos em geral e de um modo particular dos responsáveis directos nas autarquias. Numa lógica de articulação, foi assinalada a vantagem das parcerias entre as autarquias e as Instituições de Formação de Professores.
Levantaram-se as seguintes questões, que aqui ficam também, para um debate continuado e a que é importante dar respostas:
Que competências de cidadania devem ser adquiridas por todos os alunos na escolaridade básica universal?
Como promover uma melhor articulação entre a educação escolar e outras formas de aprendizagem ao longo da vida para que todos exerçam uma cidadania activa e responsável?
Como fomentar uma melhor articulação entre os professores e os pais/encarregados de educação tendo em vista melhorar o sucesso escolar dos alunos?
De que formação inicial e contínua precisam os professores nos próximos anos?
Que organização escolar poderá melhorar o processo educativo?
Que tipo de autonomia e que mecanismos de responsabilização devem ser postos em prática nas escolas?
Que podem as comunidades locais fazer mais pelas suas escolas?
sexta-feira, 30 de março de 2007
segunda-feira, 26 de março de 2007
VALORES EUROPEUS?
Para tornar realidade os nossos ideais comuns...conheça-os!
No dia 25 de Março 2007 foi assinada a Declaração de Berlim, no 50.º aniversário da assinatura dos Tratados de Roma, pela chanceler alemã Angela Merkel, que preside actualmente à UE, pelo presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e pelo presidente do Parlamento Europeu, Hans-Gert Pöttering. Esta Declaração fixa 2009 como o ano para a aprovação de um novo tratado europeu, depois do falhanço na aceitação da Constituição Europeia nos seus moldes anteriores. A declaração foi assinada na presença dos chefes de Estado e de Governo dos Vinte e Sete países da União Europeia. Apresentamos-lhe alguns extractos desta declaração e salientamos os valores nela declarados:
"(...)
- Na União europeia, tornamos realidade os nossos ideais comuns: no cerne está, para nós, a pessoa humana. A sua dignidade é inviolável. Os seus direitos são inalienáveis, homens e mulheres são iguais em direitos. Aspiramos à paz e à liberdade, à democracia e ao primado do direito, ao respeito mútuo e à responsabilidade, ao bem-estar e à segurança, à tolerância e à partilha, à justiça e à solidariedade. (...) Defendemos na União europeia a autonomia e as diversificadas tradições dos seus membros. As fronteiras abertas e a tão viva diversidade das línguas, das culturas e das regiões são para nós fonte de enriquecimento (...).
- (...) A riqueza da Europa reside nos conhecimentos e saberes das suas gentes; é essa a chave para o crescimento, o emprego e a coesão social. Juntos lutaremos contra o terrorismo e a criminalidade organizada, sem deixarmos de defender a liberdade e os direitos cívicos na luta que travamos contra aqueles que os querem aniquilar. O racismo e a xenofobia jamais poderão voltar a ter uma oportunidade. Pugnamos por que os conflitos que afligem o mundo sejam resolvidos pacificamente (...). É intenção da União europeia promover a liberdade e o desenvolvimento no mundo, vencer a pobreza, a fome e a doença. Queremos continuar a assumir um papel de liderança em prol destes objectivos. Queremos avançar juntos na política energética e na defesa do clima (...).
- (...) A União europeia continuará também a promover a democracia, a estabilidade e o bem-estar para além das suas fronteiras. A unificação da Europa veio dar vida a um sonho de gerações passadas. Manda a nossa história que preservemos tal fortuna para as gerações vindouras. Devemos para isso moldar, a cada passo e ao ritmo dos tempos, a configuração política da Europa. Por isso nos une hoje, cinquenta anos passados sobre a assinatura dos tratados de Roma, o objectivo de, até às eleições para o parlamento europeu de 2009, dotar a união europeia de uma base comum e renovada. Porquanto temos a certeza: a Europa é o nosso futuro comum".
sexta-feira, 23 de março de 2007
CINCO PRIORIDADES DA EDUCAÇÃO
Sabe quais as dimensões consideradas mais importantes para o país?
1º) PROSSEGUIR NO ESFORÇO DE ALARGAMENTO DA COBERTURA DO PAÍS NA EDUCAÇÃO DA INFÂNCIA (no que respeita aos cuidados com as crianças dos 0-3 anos de idade e da cobertura na Educação da Infância dos 3-6 anos de idade).
As formas de organização desta cobertura devem ser definidas com a participação de todos.
2º) GARANTIR A QUALIDADE NAS APRENDIZAGENS DAS COMPETÊNCIAS BÁSICAS E DO SUCESSO DE TODOS, para diminuir a desigualdade escolar. Esta dimensão passa pela estabilidade do sistema, das políticas e do corpo docente.
3ª) UNIVERSALIDADE DO ACESSO AO ENSINO SECUNDÁRIO E A ADOPÇÃO DESTE NÍVEL DE ENSINO COMO REFERENCIAL DE QUALIFICAÇÃO PARA TODOS, para melhorar as condições quer para o prosseguimento de estudos superiores, quer para a entrada no mercado de trabalho.
4º) APROFUNDAR E ALARGAR AS COMPETÊNCIAS DE GESTÃO DAS ESCOLAS, BEM COMO DAS AUTARQUIAS, de forma a melhorar as condições de prestação local da educação e uma efectiva participação da comunidade na vida da escola.
5ª) AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO, das escolas, dos professores, dos manuais e dos instrumentos de ensino.
Estes foram os pontos essenciais a ter em conta, segundo um discurso da ministra da Educação no dia 30 de Março 2007.
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