quarta-feira, 10 de março de 2010

Emprego na Futurália

Integrada na iniciativa do Ano Europeu estará também a Futurália, a feira de emprego, ensino e formação, de 10 a 13 de Março, na FIL, em Lisboa

Parlamento Europeu e catástrofe da Madeira

Na próxima quinta-feira, 11 de Março, o Parlamento Europeu vai votar uma proposta de resolução apresentada pelos 22 eurodeputados portugueses sobre a grande catástrofe natural ocorrida a 20 de Fevereiro na Madeira, na qual pedem rapidez no apoio comunitário e que sejam accionados todos os mecanismos possíveis de ajuda à ilha. Os eurodeputados solicitam à Comissão Europeia que, assim que lhe seja apresentado o pedido pelo Governo português, promova de imediato todas as acções necessárias de modo a mobilizar o Fundo de Solidariedade da UE da forma mais urgente, flexível e no montante máximo possível. A resolução parlamentar incluirá também referências aos efeitos da tempestade Xynthia na Europa.

terça-feira, 9 de março de 2010

Portal em português do Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social

Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social Lançado oficialmente no passado dia 6 de Fevereiro, o Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social já tem um portal em língua portuguesa. Além de uma rubrica integralmente dedicada aos conceitos de pobreza, exclusão social e outros termos próximos, encontram-se nesta página vários indicadores/estatísticas sobre estas problemáticas sociais, assim como uma extensa lista bibliográfica (nacional e internacional) para quem quiser aprofundar o seu conhecimento sobre as mesmas. O endereço do site é: http://www.2010combateapobreza.pt/index.html

segunda-feira, 8 de março de 2010

8 de Março: dia da mulher

Outro tema de actualidade no Parlamento Europeu é o da reduzida representação feminina no Parlamento Europeu e na vida política em geral, que funciona como um círculo vicioso: menos representadas, as mulheres acabam por se interessar e envolver menos na vida política do que os homens. Numa audição realizada no dia 2 de Fevereiro, diversos intervenientes sublinharam a importância de aumentar a participação política das mulheres, designadamente no que diz respeito às eleições europeias de 2014. A audição foi organizada pelas eurodeputadas Edite Estrela (S&D), Rodi Kratsa Tsagaropoulou (Grécia, PPE) e Silvana Koch-Mehrin (Alemanha, ADLE). De acordo com diversos peritos participantes na audição, as causas para a relativa falta de interesse das mulheres pela vida política europeia passam pelo facto de as mulheres se declararem menos informadas do que os homens e terem uma imagem menos positiva da União Europeia. Por outro lado, referiram, as mulheres desempenham um papel menos proeminente do que os homens nas campanhas eleitorais e são menos referidas nos meios de comunicação social. Entre as soluções apontadas incluem-se o aumento da participação e do envolvimento das mulheres, designadamente através do sistema de quotas, e uma maior divulgação de temas sociais que aparentemente suscitam mais interesse junto das eleitoras.

terça-feira, 2 de março de 2010

Superar a dicotomia entre a esfera económica e a social

Segundo o serviço de notícias Aceprensa uma mensagem importante que a "Caritas in Veritate" - do Papa Bento XVI- nos transmite é o convite a superar a dicotomia já obsoleta entre a esfera económica e a esfera social, comenta o cardeal Bertone. A modernidade deixou-nos em herança a ideia segundo a qual para poder operar no campo da economia é indispensável procurar o lucro e mover-se sobretudo pelo próprio interesse; isto equivale a dizer que não se é plenamente empresário si não se perseguir a maximização do lucro. Caso contrário, haveria que contentar-se fazendo parte da esfera social. Esta conceptualização, que confunde economia de mercado, que é o género, com uma das suas espécies, como é o sistema capitalista, levou a identificar a economia com o lugar da produção da riqueza (ou do rédito) e o social com o lugar da solidariedade para uma distribuição equitativa da mesma. Outros modos de fazer empresa A Caritas in Veritate diz-nos, pelo contrário, que se pode fazer empresa também na prossecução de fins de utilidade social e actuando por motivações deste tipo. Esta é uma maneira concreta, embora não única, de colmatar a brecha entre económico e social, dado que uma gestão económica que não incorporasse a dimensão social não seria eticamente aceitável, como também é verdade que uma gestão social meramente redistributiva, que não tenha em conta o vínculo dos recursos, a longo prazo não seria sustentável, pois antes de poder distribuir é necessário produzir. É de agradecer a Bento XVI de modo especial por ter sublinhado que a gestão económica não é algo de separado e alheio aos princípios fundamentais da doutrina social da Igreja, que são: centralidade da pessoa humana, solidariedade, subsidiariedade e bem comum. É preciso superar a concepção prática segundo a qual os valores da doutrina social da Igreja unicamente deveriam encontrar espaço nas obras de índole social, enquanto que aos especialistas em eficiência corresponderia a tarefa de guiar a economia. Esta encíclica tem o mérito, por certo nada secundário, de contribuir para colmatar essa lacuna, cultural e política ao mesmo tempo. Ora bem, a Caritas in Veritate proporciona-nos o benefício, bem grande, de tomar em consideração aquela concepção de mercado, típica da tradição de pensamento da economia civil, segundo a qual se pode viver a experiência da sociabilidade humana dentro de uma vida económica normal e não fora dela ou à margem dela. Esta é uma concepção que se poderia designar alternativa, quer em relação à que vê o mercado como lugar da exploração e do atropelo do forte sobre o fraco, quer em relação à que, na linha do pensamento liberal anárquico, o vê como lugar capaz de dar solução a todos os problemas da sociedade. Este modo de fazer empresa diferencia-se da economia de tradição smithiana, segundo a qual o mercado é a única instituição realmente necessária para a democracia e para a liberdade. A doutrina social da Igreja recorda-nos, pelo contrário, que uma boa sociedade é fruto do mercado e da liberdade, mas que existem exigências, atribuíveis ao princípio de fraternidade, que não se podem iludir nem remeter unicamente para o âmbito privado ou para a filantropia. Propõe antes um humanismo de mais dimensões, em que não se combate ou "controla" o mercado, mas que se contempla como momento importante da esfera pública -esfera que é muito mais ampla que o meramente estatal- que, se for concebida e vivida como lugar aberto também aos princípios de reciprocidade e de dom, pode construir una sadia convivência civil.