segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Mais "cortes" na Educação

Segundo notícias do Público, a proposta do Orçamento do Estado para 2011 prevê que os bibliotecários das escolas passem a dar aulas a pelo menos uma turma. Da mesma forma, prevê-se a “redução de docentes no ano lectivo de 2010/2011”. Ou seja, já este ano. O Ministério da Educação é o segundo mais atingido com cortes no Orçamento do Estado para 2011, logo após o sector da Saúde: sofre um decréscimo de 11,2 por cento face à estimativa para este ano, para os 6391,1 milhões de euros. De acordo com a proposta, é referida por diversas vezes a necessidade de assegurar uma “adequada optimização” dos recursos, “sem prejuízo da qualidade das aprendizagens e do ensino”. A optimização passa, por exemplo, por continuar a apostar na formação dos agrupamentos de escolas e por reduzir a componente lectiva geral e nocturna dos estabelecimentos, assim como os encargos com os órgãos de gestão e as horas de assessoria à direcção. Outro objectivo passa por continuar a transferir competências para o poder local: “Muito especificamente, pode contudo haver lugar ao recrutamento excepcional de pessoal para o exercício de actividades advenientes da transferência de competências da administração central para a administração local no domínio da educação”. E pretende-se continuar a apostar no Programa Novas Oportunidades, adaptando mais a oferta às necessidades do mercado em cada região. Quanto ao ensino pré-escolar, o Governo quer alargá-lo a todas as crianças com mais de três anos, ao mesmo tempo que quer garantir que os estabelecimentos têm condições para garantir os 12 anos de escolaridade obrigatória, mantendo-se os apoios dados através da Acção Social Escolar. No que diz respeito à extinção de alguns organismos, no sector da Educação é objecto de fusão o Gabinete Coordenador do Sistema de Informação, sendo as suas atribuições integradas no Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação, e a Comissão para a Optimização dos Recursos Educativos, sendo as suas atribuições integradas no Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação. Já o Observatório das Políticas Locais da Educação é fundido no Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação e o Gabinete de Gestão Financeira do Ministério da Educação é integrado na Secretaria-Geral do Ministério da Educação. Também os apoios aos passes para estudantes 4_18 e sub_23 vão ser reduzidos, através do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, que não especifica as alterações.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Já amanhã, no Palácio das Galveias

Já amanhã no palácio das Galveias: Lançamento de Livro do Fundador e primeiro Presidente do ISEC. Podes aproveitar para ir ao evento e conhecer também o Palácio e biblioteca central municipal de Lisboa! O lançamento do livro do Senhor Doutor Eng.º Tomaz Rebelo do Espírito Santo, antigo Presidente do nosso Instituto, terá lugar no próximo dia dia 15 de Outubro, às 19.00 horas, no Palácio das Galveias. O Livro será apresentado pelo Prof. Doutor Adriano Moreira. A Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro de Lisboa vai promover ao lançamento de uma edição em livro de algumas e porventura mais importantes das muitas intervenções escritas e faladas por um dos seus notáveis consócios: o Eng.º Tomás Rebelo do Espírito Santo, de Vila Real. Seleccionou apenas um mínimo de quanto podia representar um testemunho vivencial da sua luta, em serviço de qualidade, prestado para defesa e divulgação dos valores em que sempre acreditou, visando o engrandecimento da Casa que designou ‘embaixada dos transmontanos e altodurienses em Lisboa e no Mundo’. Na sessão de lançamento a apresentação do livro será protagonizada pelo Prof. Doutor Adriano Moreira, um dos mais ilustres transmontanos da actualidade. E está marcada para o dia 15 de Outubro, às 18.00 horas, na Sede da CTMAD, ao Campo Pequeno. Estão convidados para o evento a família, os amigos pessoais do Autor, todos os transmontanos e altodurienses, associados ou não, residentes na área da Grande Lisboa ou quantos se quiserem associar, de cá e de lá do Marão. Por generosa concessão do Eng.º Tomás E. Santo, reverte em benefício da Casa – para a nova Sede – o produto da venda de todos os exemplares desta e de futuras edições.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Internet Week' 10

Desde 10 a 17 de Outubro de 2010 está a realizar-se a Portugal Internet Week’10, organizada pela ACEPI – Associação do Comércio Electrónico e Publicidade Interactiva em parceria com a UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP, na qual se incluem várias iniciativas, entre as quais se destacam as seguintes: •10 de Outubro: Distribuição gratuita do Guia Prático Comprar na Internet (60 pgs.) conjuntamente com o Correio da Manhã, o Jornal de Notícias, o Diário de Notícias, o Público e a revista Sábado (500.000 exemplares). •10-17 de Outubro: Arrasa na Web, iniciativa de divulgação da compra online que consiste na oferta de promoções/condições especiais para compras efectuadas nos sites de comércio electrónico participantes, que incluem ofertas de portes grátis, selecção de produtos com descontos especiais, ofertas de anuidades, ofertas de brindes, passatempos com prémios, etc. •11-15 de Outubro: Portugal Internet Week’10 @ Academy, iniciativas realizadas em instituições do Ensino Superior em vários pontos do país (Aveiro, Beja, Leiria, Lisboa, Oeiras, Porto). •12 de Outubro, 09h00-18h00: Forum para a Sociedade da Informação – Economia Digital, como parte do ciclo de sessões do Forum para a Sociedade da Informação da UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP, no Auditório Cardeal Medeiros da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa. •15 e 16 de Outubro, 10h00-10h30: eComMarketing Show, a 1ª exposição profissional de comércio electrónico e publicidade interactiva em Portugal, com cerca de 30 expositores e conferências com 35 sessões e 80 oradores no Centro de Congressos de Lisboa, Junqueira, Lisboa, co-organizado pela ACEPI e pela FOPRE, S.L.. Esta iniciativa decorre na sequência de iniciativas semelhantes organizadas conjuntamente pela então ACEP – Associação do Comércio Electrónico de Portugal (em 2009 a ACEP juntou-se à Aliança Digital e alargou o âmbito à publicidade interactiva para formar a ACEPI) e pela UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Por um desenvolvimento sustentável

Por todo o mundo a sociedade civil manifestou-se ontem contra as alterações climáticas e a favor de um desenvolvimento sustentável com milhares de iniciativas muito variadas. Em Portugal previam-se para ontem 100 iniciativas em todo o país. Em Lisboa, para marcar o dia 10/10/10, de acção climática, a Quercus juntou 50 pessoas e desenhou com bicicletas o número 350, junto ao Padrão dos Descobrimentos. O objectivo foi alertar para o limite seguro de concentração máxima de CO2 na atmosfera (350 partes por milhão), que já foi ultrapassado.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

No dia do Professor...

Segundo notícias divulgadas pelo Educare e a Lusa, O presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP) afirmou que o ano escolar arrancou mal por causa do controlo da despesa orçamental, pedindo aos deputados atenção durante a discussão do Orçamento do Estado. "Não me lembro nos últimos anos de um ano lectivo ter começado tão mal. Temos a convicção de que muito do que está a acontecer este ano radica no controlo da despesa orçamental", afirmou Albino Almeida, durante uma audição na Comissão Parlamentar de Educação, ontem à tarde. O responsável apontou várias "perturbações" verificadas no arranque do ano lectivo, como a falta de colocação de psicólogos - onde apontou uma redução de 50% - ou as falhas na contratação de pessoal auxiliar, mas deu especial enfoque à acção social escolar, criticando o atraso na publicação do despacho governamental sobre esta matéria. "Não estamos a pedir nada mais do que aquilo que já eram os gastos consolidados com educação nos anos anteriores", afirmou. Albino Almeida manifestou-se preocupado com as novas regras de determinação dos apoios sociais, temendo que muitas famílias venham a mudar de escalão e que muitas outras deixem de receber qualquer ajuda, lembrando que é através dos escalões do abono de família que são calculados os escalões da Acção Social Escolar (ASE). "Apelamos aos senhores deputados para que sejam criadas cláusulas e condições no próximo Orçamento do Estado que impeçam uma regressão em matéria de frequência do ensino", acrescentou, recordando que para muitas famílias poderá estar em causa a manutenção dos filhos no sistema de ensino.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Programa Educação 2015

Segundo notícias da Lusa e do Educare e do Programa Educação 2015 divulgado recentemente pelo Ministério da Educação, as metas nacionais do sistema educativo a atingir até 2015 serão revistas em 2012/2013, merecendo uma intervenção estratégica os níveis de competências básicas dos jovens e a saída precoce do sistema de ensino e formação. Segundo o Programa Educação 2015 "no ano lectivo 2012/2013 será feita a revisão das metas nacionais, na sequência da avaliação do progresso realizado". Tendo em conta os compromissos assumidos por Portugal junto da União Europeia (2020) e da Organização de Estados Ibero-Americanos (2021) em relação a metas educativas, o Governo definiu objectivos nacionais a atingir até 2015, relativamente a exames nacionais e prova de aferição, taxas de repetência e taxas de desistência. No documento, o Ministério da Educação começa por destacar áreas com resultados positivos, como a oferta do pré-escolar, o alargamento do leque de ofertas educativas e as bibliotecas escolares, antes de admitir que "subsistem, contudo, algumas áreas que continuam a exigir especial atenção e investimento estratégico". "Os níveis globais de competências básicas não têm ainda evidenciado uma melhoria consistente de resultados", lê-se no programa, reconhecendo-se depois os esforços realizados ao nível de reformas curriculares, formação contínua de professores e dos apoios concedidos às escolas em projectos relacionados com matemática e leitura. Quanto às taxas de saída precoce do sistema de ensino, o Governo afirma que "é desejável reforçar a intervenção, embora seja legítimo admitir que os impactos da extensão da escolaridade obrigatória e o aumento das ofertas para jovens no sistema de educação e formação contribuirão para atingir, numa década, os resultados esperados para Portugal". Para desenvolver este programa, o Ministério da Educação propõe que cada agrupamento, a partir deste ano lectivo e até 2015, assuma os seus objectivos e linhas orientadoras e crie a sua própria estratégia de progresso. Nesse sentido, a tutela disponibiliza as metas nacionais referentes a cada um dos três indicadores, os resultados nacionais e concelhios, os resultados de cada agrupamento e de cada escola e as metas de aprendizagem a atingir em cada ano de escolaridade, por disciplina. Também as famílias são desafiadas a aderir ao programa, através da participação activa das associações de pais e encarregados de educação, prestando apoio ao desenvolvimento das competências básicas dos alunos, através de actividades de leitura em família, no incentivo, na vigilância e no apoio ao estudo. A estratégia será ainda divulgada junto dos municípios, bem como informação agregada sobre os agrupamentos e escolas do concelho, permitindo que a acção do município oriente os seus esforços para as metas a atingir em 2015.

Educar para a paz

UMA EXPERIÊNCIA DE EDUCAÇÃO PARA A PAZ E A SOLIDARIEDADE A tarefa de construir a paz e de educar para a paz manifesta-se especialmente premente. A paz não é só uma questão de diplomacia ou de aquisição de competências sociais e comunicativas. A promoção da paz é essencialmente uma tarefa cultural e o seu âmbito primordial é a educação. Como professora da área de Formação Pessoal e Social tenho convidado com frequência os meus alunos não só a reflectir, mas também a viver experiências de paz e de solidariedade. A educação não pode ficar só em enunciar conceitos ou comunicar valores, mas em promover acções que propiciem viver experiências solidárias e ajudem a criar hábitos de solidariedade. Há tempos, fiz-lhes a proposta de trabalhar o tema da Educação para a Paz. Foi muito bem aceite: uns preferiram levar a cabo uma abordagem teórica, muitos outros entusiasmaram-se ao realizar actividades de voluntariado em bairros carenciados da cidade, em hospitais, ou ao colaborar como voluntários com associações de solidariedade social. Trabalhámos, em conjunto, o tema da construção da paz e da educação para a paz: leram documentos, debateram diversas questões e levaram a cabo várias actividades. Focaram-se temas como a promoção dos direitos humanos, quais as verdadeiras armas da paz, a necessidade de viver a verdade, a justiça, o amor e a liberdade, como colunas da paz e da ordem social. Falou-se do desenvolvimento e da solidariedade como chaves para a paz, da abertura à reconciliação, ao diálogo e ao perdão; acentuou-se a importância do respeito pela dignidade da pessoa, incluídas as minorias, e do diálogo entre as diferentes culturas. Salientou-se a necessidade do empenho de todos na construção da paz e na rejeição da violência. Estudaram diversas formas de realizar uma verdadeira educação para a paz, por exemplo, através da elaboração de um projecto de sala de aula, através do contacto com outras escolas, etc. Penso que os resultados foram positivos: ficámos todos mais sensibilizados para esta problemática, mais despertos para agir, com maior respeito pelos direitos humanos - que são deveres -. Fomentou-se uma consciência mais clara da dignidade de toda a pessoa humana, venceu-se a inércia para dedicar tempo a quem o necessita, mesmo quando parece que não há tempo. Porque, por muito que se fale da solidariedade, esta só se aprende quando se vive!