segunda-feira, 28 de junho de 2010

Sobre um uso seguro das TIC

Para promover uma utilização responsável e segura das novas tecnologias de informação e comunicação Conheça um projecto que ajuda famílias, escolas e comunidades a promover a utilização ética, responsável e segura das novas tecnologias de informação e comunicação por crianças e jovens. Através do site MiudosSegurosNa.Net, aceda a mais de 100 artigos sobre este tema, a partir de http://www.MiudosSegurosNa.Net

domingo, 27 de junho de 2010

Fecho de mais escolas com menos de 20 alunos?

O secretário de Estado da Educação afirmou no mês passado, que o Governo está a identificar com as autarquias as escolas do 1.º ciclo que poderão encerrar, justificando que os estabelecimentos com menos de 20 crianças não apresentam as melhores condições, numa resposta solicitada pela agência Lusa depois de o presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Fernando Ruas, ter dado conta de conversações com o Governo sobre encerramento de escolas com menos de 20 alunos. O governante, João Mata, salientou que o Ministério da Educação prossegue, "em estreita articulação com as autarquias", o "esforço de requalificação, reorganização e modernização da rede de escolas do 1.º ciclo, iniciado em 2005" e que resultou no encerramento de cerca de 2500 escolas de pequena dimensão. O secretário de Estado lembrou que está em curso a concentração de alunos em centros escolares "dotados de melhores condições", com refeitório, biblioteca, salas de informática, espaços para ensino de inglês, música e prática desportiva, que segundo defendeu, "promovam uma efectiva igualdade de oportunidades". As escolas com menos de 20 alunos, justificou, "são na sua esmagadora maioria escolas de sala única com um professor e os alunos distribuídos pelos quatro anos de escolaridade. O professor ensina ao mesmo tempo e na mesma sala alunos do 1.º ao 4.º anos". João Mata acrescentou que os alunos destas escolas estão desde 2005 a ser transferidos para centros escolares construídos de raiz, estando concluídos ou em fase de obra cerca de 600 estabelecimentos. "Trata-se de identificar no terreno, com todos os parceiros educativos locais e perante as condições concretas de cada concelho, quais as escolas a suspender e quais as que terão melhores condições para acolher estes alunos", garantiu. O presidente da ANMP defendeu que as escolas com menos de 20 alunos só podem encerrar se as respectivas autarquias concordarem, uma posição que já transmitiu à ministra da Educação, Isabel Alçada. O autarca de Viseu contou aos jornalistas ter falado na quarta-feira com a ministra, a quem disse que a ANMP mantém a posição que há muito defende: "as escolas encerrariam se o município estivesse de acordo".

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Os quatro pilares da Educação para o sec XXI

OS QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO No Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI (relatório Jacques Delors) apontaram-se 4 pilares da Educação, entendida como uma tarefa global a realizar ao longo da vida; estes pilares são: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos, aprender a ser. Aprender a conhecer, combinando uma cultura geral, suficientemente vasta, com a possibilidade de trabalhar em profundidade um pequeno número de matérias. Significa aprender a aprender, exercitando a atenção, a memória e o pensamento, para beneficiar das oportunidades oferecidas pela educação ao longo da vida. Aprender a fazer, a fim de adquirir uma qualificação profissional, que graças ao desenvolvimento do ensino alternado com o trabalho, prepare para o exercício profissional, e de um modo mais amplo, desenvolva as competências que tornem a pessoa apta a enfrentar numerosas situações – também no âmbito diversas experiências sociais - e a trabalhar em equipa. Aprender a viver juntos, aperfeiçoando a compreensão do outro e a percepção das interdependências, realizando projectos comuns e preparando-se para gerir conflitos, no respeito pelos valores do pluralismo, da compreensão mútua e da paz.
Aprender a ser, para melhor desenvolver a própria personalidade, em todas as suas dimensões, e estar à altura de agir cada vez com maior capacidade de autonomia, de discernimento e de responsabilidade pessoal.O aprender a ser implica cultivar todas as potencialidades de cada pessoa. Abarca as dimensões essenciais da pessoa, em toda a sua riqueza e na complexidade das suas expressões e dos seus compromissos. Refere-se ao desenvolvimento global: corpo e mente, inteligência, sensibilidade, sentido ético e estético, responsabilidade individual, espiritualidade. É especialmente nestes últimos âmbitos - aprender a viver juntos e aprender a ser - que a família tem um papel insubstituível, embora todos os pilares da educação devam estar também na mira das instituições educativas: todos os que intervêm na tarefa educativa devem actuar conjuntamente.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Aprender a ser: um dos 4 pilares da Educação

APRENDER A SER: um dos quatro pilares da Educação Aprender a ser é um pilares apontados para a Educação no século XXI, juntamente com o Aprender a conhecer, o Aprender a fazer e o Aprender a viver juntos.
O aprender a ser implica cultivar todas as potencialidades de cada pessoa. Abarca as dimensões essenciais da pessoa, em toda a sua riqueza e na complexidade das suas expressões e dos seus compromissos. Refere-se ao desenvolvimento global: corpo e mente, inteligência, sensibilidade, sentido ético e estético, responsabilidade individual, espiritualidade. É especialmente nestes últimos âmbitos - aprender a viver juntos e aprender a ser - que a família tem um papel insubstituível, embora todos os pilares da educação devam estar também na mira das instituições educativas: todos os que intervêm na tarefa educativa devem actuar conjuntamente. A sociedade global corre o perigo cada vez maior da despersonalização e da massificação, de se tornar uma sociedade desumana e desumanizadora, com os resultados negativos de tantas formas de ‘evasão’, como são, por exemplo, o alcoolismo, a droga e o próprio terrorismo. Por isso, o desafio educacional, quase tão antigo como a própria humanidade, revela-se, no entanto, da máxima actualidade e regressa com um vigor inesperado nestes inícios do 3º milénio: é como se até agora não tivesse sido ainda suficientemente resolvido e tenha que ser proposto de novo! Salta à vista que é uma tarefa árdua em tempos difíceis. O desânimo, o cansaço, a desilusão parecem espreitar uma grande parte dos nossos contemporâneos. Mas não devemos deixar que nos domine a desconfiança, o desprezo do homem e da sua dignidade, a injustiça, o egoísmo, o medo e o terror na vivência comunitária. O grande desafio educativo dirige-se a formar homens e mulheres íntegros capazes de enfrentar com espírito aberto as situações que a vida lhes depare, de servir os seus concidadãos e de contribuir para a solução dos grandes problemas da humanidade.

Família, Escola e sucesso escolar

Sucesso dos alunos depende muito da relação da escola com os Pais: foi a conclusão de um projecto realizado há alguns anos em Portugal (concluído no ano 2000) e noticiado na altura no Jornal Público. A grande maioria dos professores que participaram, confirmaram que o envolvimento das famílias melhorou o desempenho escolar. Escola, família, comunidade são três parceiros que, se trabalharem em conjunto, podem contribuir para o sucesso dos alunos. A ideia foi promovida pelo Departamento de Avaliação, Prospectiva e Planeamento (DAPP) do Ministério da Educação, durante dois anos lectivos. O relatório que faz o balanço de uma experiência levada a cabo em 19 estabelecimentos de ensino concluiu que quando os pais participam mais nas atividades da escola e esta, por sua vez, se articula com outros parceiros da comunidade onde está inserida, os estudantes conseguem melhores resultados, não só escolares como a nível comportamental. Uma equipa desafiou algumas escolas, bem como os pais dos alunos, a identificarem o seu principal problema. A partir daí elaborou-se uma estratégia onde todos teriam um papel. Professores e, nalguns casos, encarregados de educação receberam formação especial; organizações culturais e outras estruturas foram convidadas a manter uma ligação estreita com os estabelecimentos de ensino envolvidos - promovendo, por exemplo, visitas de estudo frequentes. Dois anos depois de o projeto ter começado, foi perguntado aos professores se este tinha proporcionado alterações "substanciais" no progresso escolar dos alunos - 84 por cento dos docentes respondem que sim. Opinião semelhante tem a quase totalidade (91 por cento) dos alunos inquiridos. Entre os estudantes que contaram com a ajuda dos encarregados de educação (seja nos trabalhos para casa, idas à biblioteca, etc.) quase metade (45 por cento) tiveram melhor desempenho na escola; apenas dez por cento dos alunos que têm este tipo de atividades com a família diz ter se beneficiado pouco. O estudo analisou ainda o desempenho em Matemática e Língua Portuguesa dos alunos do 4º ano, comparando-o com uma amostra nacional de 4392 estudantes. Resultado: os alunos envolvidos no projeto Escola, Família, Comunidade têm resultados ligeiramente superiores aos da amostra. O estudo conclui que estes resultados são "evidentemente, influenciados pelo ambiente familiar" que o projeto proporcionou. Mais: o ambiente familiar não tem relação directa com o nível socioeconómico da família, já que se verificou que mais de metade dos alunos são provenientes de lares de "nível bastante baixo". "É possível afirmar que os pais, independentemente do seu nível de instrução, são capazes de cooperar com a escola desde que devidamente acompanhados e estimulados, contribuindo para a melhoria da aprendizagem dos filhos", diz o relatório. O que este projeto pretendia não era que os pais se envolvessem apenas no processo de ensino/aprendizagem, ajudando os filhos fora da escola, mas que interviessem na vida escolar. Assim, verificou-se que as famílias passaram a contactar mais os professores e vice-versa. Num dos estabelecimentos de ensino foi constituída uma "escola de pais", onde os temas abordados foram trabalhados não só por professores, como também por instituições comunitárias; noutro caso, o número de pais e avós que passaram a freqüentar o ensino recorrente aumentou; numa outra escola foram feitas visitas domiciliárias às casas dos estudantes, que "foram verdadeiras ações de educação social". Os pais foram ainda convidados a animar e participar em eventos que até então eram promovidos só pela escola.