O aprender a ser implica cultivar todas as potencialidades de cada pessoa. Abarca as dimensões essenciais da pessoa, em toda a sua riqueza e na complexidade das suas expressões e dos seus compromissos. Refere-se ao desenvolvimento global: corpo e mente, inteligência, sensibilidade, sentido ético e estético, responsabilidade individual, espiritualidade.
É especialmente nestes últimos âmbitos - aprender a viver juntos e aprender a ser - que a família tem um papel insubstituível, embora todos os pilares da educação devam estar também na mira das instituições educativas: todos os que intervêm na tarefa educativa devem actuar conjuntamente. A sociedade global corre o perigo cada vez maior da despersonalização e da massificação, de se tornar uma sociedade desumana e desumanizadora, com os resultados negativos de tantas formas de ‘evasão’, como são, por exemplo, o alcoolismo, a droga e o próprio terrorismo. Por isso, o desafio educacional, quase tão antigo como a própria humanidade, revela-se, no entanto, da máxima actualidade e regressa com um vigor inesperado nestes inícios do 3º milénio: é como se até agora não tivesse sido ainda suficientemente resolvido e tenha que ser proposto de novo!
Salta à vista que é uma tarefa árdua em tempos difíceis. O desânimo, o cansaço, a desilusão parecem espreitar uma grande parte dos nossos contemporâneos. Mas não devemos deixar que nos domine a desconfiança, o desprezo do homem e da sua dignidade, a injustiça, o egoísmo, o medo e o terror na vivência comunitária. O grande desafio educativo dirige-se a formar homens e mulheres íntegros capazes de enfrentar com espírito aberto as situações que a vida lhes depare, de servir os seus concidadãos e de contribuir para a solução dos grandes problemas da humanidade.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário