terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Criatividade e Inovação

Sabia que 2009 é o Ano Europeu da Criatividade e da Inovação? A Comissão Europeia lançou a campanha de comunicação para o Ano Europeu de Criatividade e da Inovação 2009 sob a divisa «Imaginar ─ Criar ─ Inovar». O objectivo deste Ano Europeu é promover abordagens criativas e inovadoras em diferentes sectores da actividade humana e preparar melhor a União Europeia para os desafios do mundo globalizado. Pode obter mais pormenores sobre a actividade em curso aqui mesmo: Ano Europeu da Criatividade e da Inovação (AECI). Este ano tem como objectivo sensibilizar os cidadãos para a importância da criatividade e da inovação enquanto competências-chave do desenvolvimento pessoal, social e económico. Através desta iniciativa, a UE procura moldar o futuro da Europa no contexto da globalização, promovendo o potencial criativo e inovador que existe em todos nós. A UE adoptará um conjunto de medidas para chamar a atenção dos cidadãos para as questões mais importantes e promover um debate político sobre a melhor forma de explorar o potencial criativo e inovador da Europa.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Revisão das Carreiras no Superior até Abril?

Segundo notícias da Lusa e do jornal Público, o Governo pretende concluir até Abril as negociações da revisão das carreiras dos docentes do ensino superior, revelou no dia 20 a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), no final de uma reunião com o ministro Mariano Gago. João Cunha Serra, o responsável pelo ensino superior da Fenprof, sublinhou não ter havido ainda qualquer proposta concreta do ministro do Ensino Superior sobre o tema, mas que este se comprometeu a apresentar um "articulado" até 30 de Março, sendo ainda sua intenção concluir as negociações até Abril. Desta forma, observou, o encontro serviu para "auscultação" das soluções que o ministro deverá apresentar em breve, tendo a Fenprof considerado ser "curto" o prazo até Abril indicado pelo ministro para conclusão das negociações por causa das férias da Páscoa e por ser necessário ouvir os professores sobre a proposta. Neste processo, a Fenprof tem insistido na questão da "estabilidade do emprego" e também na "progressão dos escalões salariais". Na reunião o ministro deu sinais de estarem assegurados os direitos dos assistentes universitários que façam o doutoramento, mas deixou a estrutura sindical preocupada ao querer reduzir para três anos o período de tempo limite para que se faça o doutoramento. Segundo o dirigente da Fenprof, em relação ao ensino politécnico, onde a situação de precariedade é maior, as perspectivas de estabilidade profissional deverão ficar dependentes da obtenção do doutoramento ou do título de especialista, desde que o obtenham num prazo de três anos, prazo que suscitou dúvidas e reservas à estrutura sindical. Durante a reunião houve maior consenso sobre questões relativas aos júris dos concursos e também à intenção do ministro que o ingresso na carreira se faça apenas com o doutoramento (ensino universitário) e com o doutoramento ou título de especialista (politécnico). Na reunião, a Fenprof recebeu também a indicação de que há a intenção de considerar os anos que vêm desde 2004 para efeitos de avaliação de desempenho e progressão dos escalões.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O Dia Internacional da Língua Materna comemora-se no dia 21 de Fevereiro. No âmbito desta comemoração, no próximo dia 20, em Paris, é apresentada a terceira edição do Atlas da UNESCO das línguas do mundo em perigo de desaparecer, que fará parte das celebrações do Dia Internacional da Língua Materna (IMLD) na Sede da UNESCO em Paris. Haverá uma mesa redonda na qual participam especialistas do mundo enteiro, e apresenta-se o filme "The Linguists".

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

duas conferências muito interessantes, ambas no próximo dia 17: 17Fevereiro > 18h > Anfiteatro da Faculdade de psicologia e de ciências da educação da Universidade de Lisboa

Philippe Meirieu Universidade Lumière-Lyon2 mutações sociais, pedagogia e trabalho dos professores

Comentadores:

Maria Emília Brederode Santos (Directora da Revista Noesis) e Sérgio Niza (Movimento da Escola Moderna)

Entrada livre | Tradução simultânea

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Avaliação discutida amanhã em Coimbra

Os presidentes dos Conselhos Executivos das Escolas reúnem-se amanhã, em Coimbra, para decidir qual a posição a tomar e analisar aspectos relacionados com a avaliação dos professores, concretamente, se definem ou não os objectivos individuais dos professores que se recusaram a entregar esses objectivos. Muita coisa pode acontecer neste encontro, num tema que tem mobilizado o país!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

A maturidade pessoal como objectivo educativo?

A MATURIDADE PESSOAL COMO OBJECTIVO EDUCATIVO?
Considerávamos, há tempos, que a maturidade não se identifica com uma idade determinada, nem se alcança só com o passar dos anos. Considerada em profundidade, a maturidade é consequência do desenvolvimento pleno e harmonioso de todas as capacidades da pessoa. Uma pessoa madura, interiormente equilibrada, conjuga a capacidade de adaptação com a fortaleza necessária – sabe ceder e transigir em coisas ou situações em si mesmas intranscendentes -; conjuga a liberdade e a responsabilidade pessoal; possui um juízo ponderado e sereno. A pessoa madura considera-se a si própria com realismo, admite as próprias limitações, distingue o que é uma pura possibilidade daquilo que já é uma conquista efectiva. Ao mesmo tempo, julga os acontecimentos com maior profundidade e objectividade: sabe o que quer e o que pode. Daqui nasce um equilíbrio espiritual e emocional – a maturidade afectiva -, que canaliza as inclinações naturais e as põe ao serviço da vontade.
Está assim, em condições de querer e actuar com critério, livre e responsavelmente, aceitando as consequências dos actos. Numa personalidade madura, bem formada, dá-se uma unidade e integração das múltiplas experiências da vida. A maturidade coloca a pessoa num estado de objectividade sã, alheia ao sentimentalismo que, frequentemente, leva a confundir a felicidade verdadeira com o bem estar. Uma das mais importantes finalidades educativas é a de ajudar a conseguir uma equilibrada maturidade pessoal, como vimos já anteriormente, nunca é tarde para aprender e melhorar a própria personalidade. POSSUIR CONVICÇÕES PARA SER CAPAZ DE TRAÇAR A PRÓPRIA ROTA
Como refere Llano, o perfil da maturidade caracteriza-se pela harmonia entre o pensar, o querer, o sentir e o agir; a firmeza interior e a estabilidade; a segurança e serenidade no viver; a capacidade de avaliação objectiva da realidade; a paciência, a ponderação, o equilíbrio e a prudência; a capacidade de definir valores e de se comprometer com eles; a tomada de consciência das próprias limitações, do carácter reduzido das próprias energias e da índole transitória da vida humana; a compreensão do esforço que exige iniciar uma obra, dar-lhe continuidade e terminá-la cabalmente; o sentido de responsabilidade e de cumprimento do dever; a capacidade de dominar os próprios impulsos e de os orientar; a abertura aos outros, a solidariedade, a capacidade de serviço (Llano, 2003). Educar pessoas com capacidade de assimilar as próprias experiências é o princípio do caminho que conduz a uma personalidade amadurecida. Como dizia Unamuno, no seu Diário Íntimo, para adquirir maturidade: "é preciso viver recolhendo o passado, guardando a sequência do tempo, vivendo o presente, ilustrado com a riqueza do passado, como um verdadeiro progresso e não como um mero processo. (...) Não podemos mover-nos como a terra na sua órbita, que perde a posição passada para entrar numa nova sem deixar um sedimento de sabedoria". Outra característica desta educação de uma personalidade amadurecida é a capacidade de autodomínio - alcançada à base de disciplina e de esforço, fruto da educação da vontade - que, por sua vez, capacita para viver de convicções, superando impulsos, sem se deixar arrastar pelos acontecimentos, como folhas levadas pelo vento. São as convicções que conferem à personalidade madura uma das suas características essenciais: a estabilidade no comportamento, a equanimidade ou igualdade de ânimo, superando os estados de ânimo e os impulsos passageiros. É necessário ter convicções vitais – fruto da educação da inteligência - pelas quais se seja capaz de traçar a rota da própria vida e de a seguir. PROMOVER O “IMPÉRIO DO EFÉMERO” OU ANCORAR A PESSOA EM CRITÉRIOS E VALORES?
Educar é ainda promover a formação, não só de valores, mas de bons hábitos ou atitudes operativas, em diversos níveis. Estes serão efectivos unicamente se a família e a escola se unirem para educar desde a infância nos valores e nas atitudes essenciais. São estes os primeiros âmbitos onde se aprende a necessidade de obedecer a regras, o cumprimento dos próprios deveres, a importância da veracidade, rejeitando a hipocrisia, o respeito pelo próximo necessitado de ajuda, a afabilidade, a gratidão pelos bens recebidos, o sentido da verdadeira justiça, a solicitude sincera e o serviço desinteressado. Como alerta Llano, é necessário ancorar a pessoa em critérios e valores, que as tornem capazes de assumir compromissos. TRAÇOS DE UM PERFIL DA IMATURIDADE Debruçar-nos sobre algumas das características da imaturidade própria da adolescência, pode ajudar a captar melhor em que consiste a maturidade. Esboçando um perfil da imaturidade, poderíamos dizer, seguindo de perto o escritor R. Llano, que esta se revela nos seguintes factores: auto-afirmação individualista; contraste entre a exuberância vital e a diminuta experiência; preponderância dos impulsos sobre as ideias e as convicções; instabilidade emocional; falta de avaliação objectiva da realidade: desproporção entre o muito que se deseja e o pouco que se é capaz de realizar; ausência de equilíbrio para discernir quando se deve ousar e agir sozinho ou pedir conselho, valendo-se da experiência dosoutros; carência de ponderação para encontrar o justo meio entre dois extremos; incapacidade de definir valores e de se comprometer com eles; falta de paciência e de serenidade;
carência de solidariedade e de sentido de responsabilidade;
CARACTERÍSTICAS DE UM PERFIL DA MATURIDADE
Harmonia entre o pensar, o querer, o sentir e o agir; firmeza interior, estabilidade; segurança e serenidade no viver; capacidade de avaliação objectiva da realidade, paciência; ponderação e equilíbrio, prudência; capacidade de definir valores e de se comprometer com eles; tomada de consciência das próprias limitações, do carácter reduzido das próprias energias, da índole transitória da vida humana; compreensão do esforço que exige iniciar uma obra e dar-lhe continuidade; sentido de responsabilidade e cumprimento do dever; capacidade de dominar os impulsos para os converter em virtudes; conhecimento objectivo e profundo das outras pessoas, das suas verdadeiras qualidades e também das suas carências ou defeitos;
abertura aos outros e solidariedade; decisão de transformar a vida num serviço às outras pessoas

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Segundo notícias da Lusa, e do Público, o Ministério da Educação (ME) pretende recrutar professores reformados para, em regime de voluntariado, colaborarem no apoio aos alunos nas salas de estudo, em projectos escolares ou no funcionamento das bibliotecas, entre outras actividades.Segundo um projecto de despacho do secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, as escolas definem no início de cada ano lectivo as suas necessidades, estabelecendo o perfil dos candidatos a recrutar e elaboram um programa de voluntariado. O programa tem a duração de um ano lectivo, sendo renovável por iguais períodos de tempo. O trabalho do professor voluntário implica um mínimo de três horas por semana. No final de cada ano lectivo, os professores voluntários elaboram um relatório anual da sua actividade, no qual deve constar uma autoavaliação. Para a coordenação do trabalho voluntário será criada ao nível de cada Direcção Regional de Educação uma estrutura própria. As áreas de intervenção do professor voluntário incluem ainda o apoio à formação de professores e pessoal não docente, o planeamento e realização de formação para pais, o apoio a visitas de estudo e o envolvimento em projectos de melhoria da sociedade local. No texto do projecto de despacho, o secretário de Estado da Educação afirma que o "trabalho dos docentes aposentados será uma actividade assente no reconhecimento das suas competências científicas, pedagógicas e cívicas, exercida de livre vontade, sem remuneração, numa prática privilegiada de realização pessoal e social". A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) já criticou a iniciativa do Governo, afirmando que aquelas actividades "deveriam ser da responsabilidade dos professores no activo", com os quais, no entanto, as escolas "não podem contar". Por outro lado, afirma que a medida "economicista" poderá "remeter para o desemprego jovens professores". "Não se questiona das actividades que são referidas (...), discorda-se é que, para as desenvolver e assumir em pleno, o ME, em vez de criar as indispensáveis condições às escolas dotando-as dos recursos que lhe fazem falta, pretenda, através do trabalho gratuito dos docentes aposentados, substituir aqueles que nelas deveriam ser colocados", critica a Fenprof. Em comunicado, a estrutura sindical afirma que este voluntariado não deverá conseguir muitos adeptos, uma vez que "um dos motivos de afastamento de muitos professores aposentados" das escolas é "a natureza e o rumo da política educativa do Ministério da Educação". O projecto de despacho foi remetido para o Conselho das Escolas, tendo em vista a emissão de um parecer, e para as Direcções Regionais de Educação. A Lusa tentou sem sucesso contactar o presidente deste órgão consultivo do Ministério da Educação, Álvaro Almeida dos Santos. Valter Lemos, secretário de Estado da Educação, reagiu às críticas da Fenprof afirmando que aquela proposta, "por enquanto não passa disso mesmo", frisou.
Quando tantos professores se encontram no desemprego, não parece ser a medida mais adequada!

Provas de ingresso na carreira docente

Uma prova igual para todos em vez de duas, o fim de uma nota mínima de acesso e a redução do número de candidatos que terão de se sujeitar a este teste. São estas as propostas relativas às condições de ingresso na carreira docente que o Ministério da Educação apresenta aos sindicatos. Apesar de o novo modelo de acesso à profissão, contemplado no Estatuto da Carreira Docente, nem sequer ter sido ainda experimentado, este é um dos dossiers incluídos no processo negocial em curso. O facto de estar a haver esta revisão e de o Ministério da Educação dar razão a quem aponta riscos de subjectividade na correcção das provas que estão previstas, levaram a avançar com estas propostas, explica o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira. Assim, o teste de língua portuguesa e raciocínio lógico e ainda a prova que devia avaliar os conhecimentos disciplinares específicos dos candidatos a professor deverão ser substituídos por um único exame. "É uma prova que se baseia fundamentalmente na avaliação da capacidade de raciocínio e resolução de problemas, constituída essencialmente por perguntas de resposta múltipla, o que elimina dúvidas de rigor na correcção", adianta o governante. Este tipo de prova é elaborado por uma agência australiana (Australian Council for Educational Research), que também trabalha nos testes internacionais de literacia conduzidos pela OCDE, informa o secretário de Estado. Mas quem quiser ver as suas competências avaliadas por um teste relativo à sua área disciplinar também o poderá solicitar. Com este teste deixa ser necessário a obtenção de uma classificação mínima de 14 valores para se poder ambicionar a entrar na carreira. "O objectivo é despistar quem tem condições para ser professor e perceber se está apto ou não"; mas esta triagem continua a ser necessária, continua o governante, porque "o sistema de garantia de qualidade das formações de ensino superior [a nova agência de avaliação e acreditação] ainda não produziram as consequências necessárias". O secretário de Estado apontou dois exemplos que, na sua opinião, causam "perplexidade". "Não deixa de ser estranho que duas instituições privadas - o Instituto Piaget e o Instituto Superior de Ciências Educativas - tenham colocado nas escolas tantos professores do 1.º ciclo e educadores de infância nos últimos dez anos quanto o conjunto de todas as escolas superiores de educação", afirmou. Sendo que a selecção dos docentes se baseia sobretudo na classificação final de licenciatura. Esta afirmação levantou já protestos por parte destas instituições, por considerarem que afirmações como estas lesam o bom nome e lançam suspeitas sem fundamento.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Desenvolvimento da Ciência

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) anunciou no passado dia 31, uma iniciativa estratégica para o desenvolvimento da História da Ciência em Portugal compreendendo a preservação, classificação e estudo de acervos documentais e arquivos de Ciência, a formação avançada, em Portugal e em instituições estrangeiras, de novos investigadores, assim como o reforço e articulação em rede de grupos e instituições científicas e o desenvolvimento de programas de investigação. A História da Ciência é uma componente fundamental do próprio desenvolvimento da Ciência. O nível científico já alcançado em Portugal exige, para se ampliar e consolidar, um conhecimento sistemático do nosso próprio desenvolvimento científico e tecnológico e das suas condições históricas. As próximas comemorações do Centenário da República reforçam ainda a oportunidade desta iniciativa. O MCTES entende assim propor o desenvolvimento de um programa específico focado no desenvolvimento da Ciência em Portugal nos últimos cem anos (100 anos de República, 100 anos de Ciência). Esta iniciativa dirige-se aos investigadores, instituições científicas e universidades, assim como a todas as outras entidades relevantes. Um Encontro Nacional de História da Ciência em Portugal, a realizar em Julho de 2009, marcará o seu arranque público.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Avaliação de professores

A propósito do debate actual em torno da avaliação dos professores – e na sequência de uma palestra dada em Novembro de 2008 por Frances Kelly, conselheira de educação na Europa do ministro da educação da Nova Zelândia, que esteve em Lisboa a convite do Fórum para a Liberdade de Educação – vale a pena ler Uma proposta diferente para a avaliação dos professores, sugerida por Fernando Adão da Fonseca (na Página1 da Rádio Renascença) fundador do Fórum para a Liberdade de Educação. Pode encontrar este e outros artigos no seguinte endereço: