sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Promoção da língua e do património português no mundo

A promoção da língua e do património cultural português no Mundo, foi objecto de um conjunto de diplomas, em Julho passado, visando a Estratégia para o reconhecimento e promoção da língua portuguesa, visando a cooperação, a internacionalização económica, a divulgação cultural e a ligação às Comunidades Portuguesas.
Foi criado o Fundo da Língua Portuguesa, com uma dotação inicial de 30 milhões de euros, para apoio aos sistemas de ensino da língua portuguesa, à formação de tradutores e intérpretes para organizações internacionais e ao incremento do português como língua de trabalho e de negociação internacional. Foi criada ainda uma comissão interministerial para valorizar o património cultural de origem portuguesa no mundo.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Em França, a televisão é desaconselhada às Crianças

Atenção aos efeitos "nefastos" da televisão nas crianças pequenas Segundo notícia da Efe, em Paris, as redes de TV de França não poderão editar, difundir ou promover programas destinados especificamente a crianças menores de três anos, em virtude de uma decisão do Conselho Superior do Audiovisual (CSA), que entrará em vigor a partir de 1 de novembro de 2008. Os distribuidores franceses de conteúdos de televisão estrangeiros que se enquadrem na categoria proibida devem comunicar aos seus assinantes uma mensagem, que deve ser colocada de forma legível e acessível e que diz: "Ver televisão pode frear o desenvolvimento das crianças menores de 3 anos, mesmo que os programas sejam dirigidos especificamente a elas". Nos meios de comunicação audiovisuais - incluída a internet - os distribuidores de programas para crianças menores de três anos devem comunicar que ver Televisão nesta idade pode acarretar transtornos de desenvolvimento tais como passividade , atraso no desenvolvimento da fala, agitação, problemas de sono, problemas de concentração e dependência de TV. No texto, o CSA lembra que o Ministério da Saúde se pronunciou contra a difusão de cadeias de Televisão específicas para menores de três anos e desaconselhou que crianças nesta faixa etária a vejam, independentemente do tipo de programas.

domingo, 26 de outubro de 2008

Possibilidades e limites da interculturalidade

Podemos viver sem o outro? As possibilidades e os limites da interculturalidade Não se animam a participar na próxima Conferência Gulbenkian 2008? É já nos próximos dias 27e 28 de Outubroo das 10h00 às 18h00 no Auditório 2 Entrada Livre Também pode assistir à Transmissão online em directo e em circuito vídeo nos espaços adjacentes O PROGRAMA é o seguinte: Segunda feira, 27 de Outubro, às 10h00 Sessão de Abertura: Emílio Rui Vilar Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian António Pinto Ribeiro Coordenador do Programa Gulbenkian Distância e Proximidade Conferência de Abertura - Arjun Appadurai, The New School, Nova Iorque 14h30 - Intimidade, Hostilidade e Conhecimento Social Moderador: Miguel Vale de Almeida, ISCTE Filip DeBoeck, University of Leuven Danças com os Mortos: Os Jovens de Kinshasa e a Ordem da Desordem Dipesh Chakrabarty, University of Chicago Identidade e Identificação: Uma Análise Crítica de Amartya Sen Jorge Vala, Instituto Ciências Sociais Diferença e Semelhança: O Peso da Identidade 17h00 - Vulnerabilidade, Espaço e a Construção de Limites Moderador: Isabel Capelôa Gil, Universidade Católica Portuguesa Ruy Duarte de Carvalho, Escritor... E quanto ao ‘outro’ que ainda existe no meio do ‘outro’, antes que haja só o outro ? Manuela Ribeiro Sanches, Universidade de Lisboa, Vulnerabilidade, Espaços e Construção de Fronteiras Mohsen Mostafavi, Harvard Design School, As Implicações Espaciais dos Conceitos de «Distância e Proximidade» Terça feira, 28 de Outubro, às 09h30 Eunice de Souza, Escritora, Literatura e Diálogo Intercultural 11h30 - O Futuro do Cosmopolitanismo Moderador: Moacir dos Anjos, Curador Katerina Brezinova, Multicultural Centre of Prague: A República Checa Pós-Comunista perante as Novas Realidades da Diferença Sherifa Zuhur, U.S. Army War College: Uma Abordagem Intercultural à Questão do Extremismo Islâmico 14h30 - A Globalização e as novas questões religiosas Moderador: Pe. Peter Stilwell, Universidade Católica Portuguesa Karen Armstrong, Teóloga: Para Onde nos Dirigimos Agora? Mustapha Tlili , Center for Dialogues, Nova Iorque: «Europa e Islão: História Partilhada, Identidade Partilhada, Destino Partilhado» 16h30 - As Possibilidades das Artes Moderador: José António Fernandes Dias, Universidade de Lisboa Ming Tiampo, Carleton University: Distância e Mobilidade- Para um Novo Entendimento do Modernismo Assia Meliani, Consultora de projectos culturais: Ser Árabe e Ser Artista: Estatuto e Papel no Processo Cívico 18h30 - Sessão de Encerramento, Jorge Sampaio, Alto Representante das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações 21h30 - estreia mundial «tão perto / Tão Longe»20 curtas-metragens Grande Auditório Informações: 217823529 Nos dias 27 e 28 de Outubro, a Conferência Gulbenkian, que se realiza anualmente, vai centrar-se no tema da Interculturalidade, lançando a questão “Podemos viver sem o Outro?”. No ano escolhido pela União Europeia para assinalar o Diálogo Intercultural, esta Conferência representa o culminar do Programa Gulbenkian Distância e Proximidade, que, durante os meses de Junho e Julho, trouxe o tema à Fundação, com um programa cultural diversificado. O comissário da conferência é o professor Arjun Appadurai, uma das personalidades que mais tem reflectido sobre as questões da violência cultural, do reconhecimento da diferença cultural como valor da modernidade e sobre as consequências da globalização cultural, nomeadamente aquelas que mais dizem respeito aos novos paradigmas de políticas sociais e dos Estados face à circulação, à escala global, das pessoas e das suas narrativas. Arjun Appadurai nasceu e estudou em Bombaim e é, actualmente, conselheiro sénior do programa Global Initiatives na New School (Nova Iorque), onde também ocupa a posição de Distinguished Professorship as the John Dewey Professor, em Ciências Sociais. Foi o William K. Lanman Jr. Professor de Estudos Internacionais, professor de Antropologia e director do Centro para as Cidades e Globalização na Yale University. É autor de uma vasta obra da qual se destacam: Fear of Small Numbers: An Essay on the Geography of Anger (2006, Duke University Press) e Modernity at Large: Cultural Dimensions of Globalization (1996, University of Minnesota Press; 1997, Oxford University Press, Deli). As suas publicações académicas têm coberto temas como a religião, gastronomia, agricultura ou cultura de massas na Índia. Arjun Appadurai será o orador da conferência inaugural (27 de Outubro), à qual se seguirão as intervenções de mais de uma dezena de especialistas nacionais e estrangeiros, que abordarão as múltiplas questões relacionadas com o tema da Interculturalidade. Se quiser, tem aqui o Folheto do Programa da Conferência Gulbenkian 2008

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Educação para a compreensão e o diálogo intercultural

Educação, religião e diversidade cultural são os temas da conferência que se está a realizar na Dinamarca (21 e 22 de Outubro), para fomentar o diálogo entre as civilizações. A conferência, intitulada "Educação para a comprensão e o diálogo intercultural", decorre em Copenhaga e centra-se na função da educação para promover a comprensão e o diálogo intercultural. Peritos neste âmbito trocam conhecimentos e experiências em grupos de trabalho durante a conferência. O programa compreende a elaboração de planos de estudo e material docente, colaboração entre instituições de ensino superior e programas de intercâmbio de alunos. Estão representadas na conferência, a Unesco, a Organização Islâmica para a Educação, a Ciência e a Cultura (ISESCO), a Organização da Conferência Islâmica (OCI), a Organização Árabe para a Educação, a Cultura e as Ciências (ALECSO), o Conselho da Europa e a Aliança de Civilizações, entre muitas outras. Se quiser saber mais, pode consultar o site: Sítio web do Centro Dinamarquês de Cultura e Desenvolvimento, CDCD (em inglês)

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Divórcio: novo regime jurídico

Foi promulgado pelo Presidente Cavaco Silva o Decreto nº 245/X, da Assembleia da República, o qual aprova o novo regime jurídico do divórcio. Não obstante, o Presidente da República considerou essencial prestar alguns esclarecimentos: 1 – o veto anteriormente feito não teve por base qualquer concepção ideológica sobre o casamento. 2 – Como resulta da mensagem então enviada à Assembleia da República, entende que o novo regime jurídico do divórcio irá conduzir na prática a situações de profunda injustiça, sobretudo para aqueles que se encontram em posição de maior vulnerabilidade, ou seja, como é mais frequente, as mulheres de mais fracos recursos e os filhos menores. 3 – Esta convicção do Presidente da República decorre da análise a que procedeu da realidade da vida familiar e conjugal no nosso País, e é partilhada por diversos operadores judiciários, com realce para a Associação Sindical dos Juízes Portugueses, por juristas altamente qualificados no âmbito do Direito da Família e por entidades como a Associação Portuguesa das Mulheres Juristas. 4 – A este propósito, deve destacar-se, até por não lhe ter sido dado o relevo que merecia, o parecer emitido em 15 de Setembro último pela Associação Portuguesa das Mulheres Juristas, o qual manifesta «apreensão» pelo novo regime jurídico do divórcio, afirmando, entre o mais, que o mesmo «assenta numa realidade social ficcionada» de «uma sociedade com igualdade de facto entre homens e mulheres» e não acautela «os direitos das mulheres vítimas de violência doméstica e das que realizaram, durante a constância do casamento, o trabalho doméstico e o cuidado das crianças». Tendo sido oportunamente enviado aos diversos grupos parlamentares, este documento encontra-se disponível em www.apmj.pt. 5 – Na verdade, num tempo em que se torna necessário promover a efectiva igualdade entre homens e mulheres e em que é premente intensificar o combate à violência doméstica, o novo regime jurídico do divórcio não só poderá afectar seriamente a consecução desses objectivos como poderá ter efeitos extremamente nefastos para a situação dos menores. 6 – A profunda injustiça da lei emerge igualmente no caso de o casamento ter sido celebrado no regime da comunhão geral de bens, podendo o cônjuge que não provocou o divórcio ser, na partilha, duramente prejudicado em termos patrimoniais. 7 – Para mais, o diploma em causa, incluindo a alteração agora introduzida no artigo 1676º do Código Civil, padece de graves deficiências técnico-jurídicas e recorre a conceitos indeterminados que suscitam fundadas dúvidas interpretativas, dificultando a sua aplicação pelos tribunais e, pior ainda, aprofundando situações de tensão e conflito na sociedade portuguesa. 8 – Por fim, ao invés de diminuir a litigiosidade, tudo indicia o novo diploma a fará aumentar, transferindo-a para uma fase ulterior, subsequente à dissolução do casamento, com consequências especialmente gravosas para as diversas partes envolvidas, designadamente para as que cumpriram os deveres conjugais e para as que se encontram numa posição mais fragilizada, incluindo os filhos menores. 9 – Em face do exposto – e à semelhança do que sucedeu noutras situações, com realce para os efeitos do regime da responsabilidade extracontratual do Estado –, o Presidente da República considera ter o imperativo de assinalar aos agentes políticos e aos cidadãos os potenciais efeitos negativos do presente diploma, em particular as profundas injustiças para as mulheres a que pode dar lugar. 10 – A aplicação prática do diploma deve, por isso, ser acompanhada de perto pelo legislador, com o maior sentido de responsabilidade e a devida atenção à realidade do País.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Modernidade ou o elogio dos politécnicos

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior convidou ontem as escolas de ensino politécnico a assumirem a sua própria identidade e função, segundo notícias da Lusa e do Público. Ao abrir formalmente o ano lectivo 2008/2009 do Politécnico de Leiria, Mariano Gago considerou "não ser útil, antes pelo contrário, que alguns institutos politécnicos queiram deixar de ser chamados institutos politécnicos e passem a ser chamados universidades". "Acho que isso é ainda um reflexo do passado", defendeu o ministro, ligando a pretensão a "uma tradição retórica, antiga, do ensino em Portugal, que recobre uma outra dificuldade, quase de classe, em que uns se consideravam superiores aos outros". Defendeu ainda que os institutos politécnicos têm "de se afirmar melhores, mais capazes, com uma identidade de nome, uma identidade de função. Não queiram liquidar esse capital de modernidade tentando vestir os trajes, as formas, os rituais e os nomes do passado". Fazendo o elogio do trabalho dos politécnicos, o ministro lembrou que, "em muitos aspectos", eles "são mais capazes" que as universidades: "São mais capazes de proceder a renovações instituicionais, de integrar socialmente aqueles que normalmente não entrariam no ensino superior, de fornecer empregabilidade. Mais capazes, em suma, de responder a alguns dos principais desafios do país. São mais modernos". As críticas do ministro visaram ainda os politécnicos de Lisboa e Porto por ainda não disporem entre a sua oferta de cursos de especialização tecnológica. "É inaceitável para o país. Os institutos politécnicos de Lisboa e do Porto não oferecem esses cursos e essa situação não se pode manter. Nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto existe uma gigantesca carência de formação a este nível dos cursos de especialização tecnológica e é necessário organizar esses institutos para que respondam a uma necessidade que é uma necessidade social", considerou.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Literacia e Leitura

Nos próximos dias 23 e 24 de Outubro, decorre mais uma sessão do Plano Nacional de Leitura (PNL), "Três 'e' nos programas de promoção da leitura", na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. No dia 23 de Outubro, após a sessão de abertura, o programa prevê a realização de três conferências: a primeira, subordinada ao tema "A promoção da leitura nos países da OCDE", é proferida por José Neves e Maria João Lima (Observatório das Actividades Culturais). A presidência e os comentários ficam a cargo de Fernando Pinto do Amaral (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa). A segunda, que incide sobre a "Inovação curricular no Reino Unido: impacto no desenvolvimento da literacia", tem como oradora Sue Horner (Qualifications and Curriculum Authority, Reino Unido). Segue-se a terceira conferência, que versa sobre as "Estratégias de promoção de leitura nos países da União Europeia: a experiência da EU-Read e da Stiftung Lesen na Alemanha". Proferida por Heinrich Kreibich (Stiftung Lesen, EU-Read), com comentários de Adriana Baptista (Conselho Científico PNL). Posteriormente, tem lugar o painel "Programas de desenvolvimento comunitário e literacia", com intervenções de Pedro Cunha (Projecto K'cidade), Sofia Ferreira (Clubes de Leitura e Escrita) e Maria Emília Nabuco (Associação A Par-Aprender em Parceria), com comentários a cargo de Glória Bastos (Universidade Aberta). O dia termina com a apresentação de "O clube de leitura PNL", da responsabilidade de Carlos Correia (CITI - Universidade Nova de Lisboa). No dia 24 de Outubro, decorrem duas conferências. Na primeira, "Literacia e leitura: uma visão internacional", tem a palavra Kathy Bartlett (Fundação Aga Kahn), cabendo a presidência e os comentários a Maria Emília Brederode Santos (Comissão de honra PNL e Revista Noesis). Na segunda conferência, "Promoção da leitura: um programa para todos", a intervenção é de Richard Crabb (Quick Reads - Reino Unido), enquanto a presidência e os comentários são de Carlos Liz (Conselho Científico PNL e CEPCEP - Universidade Católica de Lisboa). A sessão termina com a exposição do estudo "Avaliação externa do PNL - 2.º ano", apresentado por António Firmino da Costa (CIES/Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa). A presidência e os comentários estão a cargo de João Mata (Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação). Esta conferência tem entrada livre. Para mais informações, consultar a página do PNL

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Mobilidade dos investigadores é objectivo europeu

Os Ministros da Ciência de Portugal e do Luxemburgo foram mandatados para reforçar a atractividade das carreiras científicas na Europa e a mobilidade dos investigadores. Os Ministros europeus responsáveis pela Ciência e Tecnologia reunidos em Bruxelas sob a presidência francesa confiaram aos Ministros de Portugal e do Luxemburgo, José Mariano Gago e François Biltgen, a missão de preparar as iniciativas europeias necessárias para reforçar a atractividade das carreiras científicas na Europa e a mobilidade dos investigadores. A iniciativa de lançar esta missão especial com vista ao desenvolvimento científico e tecnológico da Europa partiu da actual presidência francesa da União Europeia.

domingo, 12 de outubro de 2008

Possibilidades e limites da interculturalidade

Nos dias 27 e 28 de Outubro, a Conferência Gulbenkian vai abordar o tema da Interculturalidade, lançando a questão “Podemos viver sem o Outro?”.
No ano escolhido pela União Europeia para assinalar o Diálogo Intercultural, esta Conferência representa o culminar do Programa Gulbenkian Distância e Proximidade, que, durante os meses de Junho e Julho, trouxe o tema à Fundação, com um programa cultural diversificado. O comissário desta conferência é o professor Arjun Appadurai, uma das personalidades que mais tem reflectido sobre as questões da violência cultural, do reconhecimento da diferença cultural como valor da modernidade e sobre as consequências da globalização cultural, nomeadamente aquelas que mais dizem respeito aos novos paradigmas de políticas sociais e dos Estados face à circulação, à escala global, das pessoas e das suas narrativas. Arjun Appadurai nasceu e estudou em Bombaim e é, actualmente, conselheiro sénior do programa Global Initiatives na New School (Nova Iorque), onde é Professor de Ciências Sociais. É autor de uma vasta gama de publicações académicas. Arjun Appadurai será o orador da conferência inaugural (27 de Outubro), à qual se seguirão as intervenções de mais de uma dezena de especialistas nacionais e estrangeiros, que abordarão as múltiplas questões relacionadas com o tema da Interculturalidade. A conferência decorre das 9h às 18h e a entrada é livre. Não se anima?

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Rede de investigação e aprendizagem

Ontem, no Pavilhão do Conhecimento, na presença do ministro da Ciência e do Ensino Superior, foi lançada a Rede de Investigação e Aprendizagem Toshiba-Portugal, que tem por objectivo estimular a produção e difusão de conteúdos digitais interactivos, favorecendo a investigação e a formação avançada nesta área, assim como promovendo a cultura científica e tecnológica na sociedade portuguesa. Pretende ainda incentivar a criação de mecanismos informais de aprendizagem junto dos mais jovens. A Rede é instituída entre a Toshiba e a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), a Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC), e a Agência Ciência Viva, envolvendo um investimento inicial pela Toshiba de 1 milhão de euros nos próximos 5 anos, a distribuir da seguinte forma: a) Institucionalização de uma cátedra convidada de investigação numa Universidade Portuguesa – Cátedra “Atsutoshi NISHIDA” –, com o objectivo de atrair um investigador de renome internacional para conduzir actividades de investigação no sector da produção de conteúdos digitais e utilização da tecnologia no contexto da educação. O investigador a seleccionar deverá iniciar a sua actividade em Setembro de 2009. b) Apoio à instalação de laboratórios de investigação orientados para a criação e difusão de conteúdos digitais através da doação de equipamento informático especializado; esta iniciativa será concretizada no âmbito do Programa UTAustin-Portugal. c) Apoio à instalação de laboratórios e ateliers de Informática orientados para a difusão de conteúdos digitais em Centros Ciência Viva, através da doação de equipamento informático; no primeiro ano de dinamização da Rede serão equipados os Centros Ciência Viva de Coimbra e de Estremoz; estes espaços serão também usados na formação e apoio a professores e alunos para a construção de ferramentas pedagógicas virtuais. Nesta ocasião a Toshiba apresenta, em colaboração com outros parceiros empresariais, uma proposta comercial “e-Universidade – Toshiba” dirigida especificamente a alunos e docentes do ensino superior (no âmbito do “e-U: e-Universidade”, tendo como base a configuração Toshiba “e-escolas”, com claras vantagens para os estudantes do ensino superior comparativamente a ofertas comerciais disponíveis.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Alguns tópicos de reflexão e de estudo sobre a Universidade

"Universitas, um saber sem fronteiras".
Eis aqui algumas das possíveis questões de estudo por áreas, sugeridas pelo Congresso UNIV 2009 e que proponho para a vossa reflexão, conforme os interesses de cada pessoa ou das pessoas vossas amigas que possam ter interesse em participar:
O que é a Universidade? Desafios atuais A Universidade numa sociedade regida pelo consenso; consenso e relativismo.
A Universidade como um local que dá sentido perante o desafio do nihilismo. Verdade, complexidade e preconceitos na pesquisa universitária.
A Universidade perante o problema do fundamento: fundamento da ciência e da ética.
Uma fundamentação antropológica em todos os ramos do saber? Estudo comparativo de diversos modelos universitários: J.H. Newman e sua ideia de universidade liberal; o modelo de W. von Humboldt; a educação universitária segundo Jaspers K.; o trabalho intelectual no modelo de pensamento de J. Guitton, a Missão da universidade segundo Ortega y Gasset. As Universidades na História: sua influência sobre as transformações sociais e culturais. Universidade e oposição: o papel das Universidades nas transformações políticas do século XX; a crise da universidade em 1968.
Universidade actual A função social da Universidade. Universidade e transformações sociais, políticas e Universidade. A gestão das Universidades. Autonomia das Universidades e responsabilidade social. Universidade particular e Universidade pública: distintas personalidades, virtudes e riscos. A Universidade como formadora de profissionais. O ensino na Universidade: inovação nas metodologias didáticas.
Acompanhamento individual versus aula expositiva, comunicação professor-aluno. Experiências de metodologias didáticas inovadoras: ensino on-line.
O universitário e os congressos universitários. A mobilidade dos estudantes. O programa Sócrates e outros sistemas de intercâmbio de experiências. A aprendizagem de línguas estrangeiras na Universidade. O compromisso social do universitário. Universidade e voluntariado.
Universidade e cooperação ao desenvolvimento. Algumas experiências concretas. Universidade, ciência e deficiência: o acesso de pessoas com deficiências ao ensino universitário, a acessibilidade aos deficientes das novas tecnologias da informação e aos avanços científicos ... Processos de seleção de dados em bibliotecas universitárias: o perigo da saturação informativa.
Questões interdisciplinares Universidade: é compatível a especialização com a unidade do saber? As condições do diálogo interdisciplinar. A necessidade de aprender a arte do diálogo na Universidade; ouvir as razões dos outros; empatia nas relações com os demais, também para compreender as razões do coração; aprendendo com clareza os próprios argumentos, sem impor um ponto de vista: "Buscando juntos a verdade.” Como explorar hoje os temas de contacto entre diferentes disciplinas: bioética e novas técnicas médicas; inteligência artificial, a alta tecnologia como condição para o desenvolvimento humano, solidariedade e economia global; direito à privacidade e segurança internacional; liberdade de expressão e respeito às crenças; qualidade de vida e os direitos das “minorias” (crianças, deficientes, etc) ... Há necessidade de diálogo entre crentes e não crentes? Será isto possível? Em que condições? Para quê?. Universidade e diálogo intercultural. O desafio da diversidade cultural e o fenômeno da imigração. Universalidade dos direitos humanos e diversidade cultural. O diálogo inter-religioso.
Direito e Economia A regulamentação jurídica da atividade científica nas legislações dos países e no Direito Internacional. Direito na Universitas: uma ciência entre a teoria e a prática, questões de interdisciplinariedade. A relação entre a Universidade e a empresa. O papel das Universidades na economia do conhecimento. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação como fatores de competitividade. As políticas públicas de incentivo à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação. A transferência de pesquisa e tecnologia às empresas.
A formação ao longo da vida inteira. A integridade da vida, a ética e os negócios, após os casos Enron, Parmalat, Société Génerale… Multinacionais e intercâmbio cultural, o papel da Universidade na globalização económica, e o efeito da globalização na Universidade: difusão do conhecimento e da cultura, o diálogo.
Arquitetura, Engenharia e Urbanismo Uma proposta de cidade universitária na era da comunicação. Universidade na cidade. Arquitectura da Universidade: os claustros medievais, o modernismo, actuais campi universitário. Soluções de engenharia para os problemas da sociedade tecnológica. A formação universitária dos engenheiros.
Ciência e medicina O impacto social e ético da actividade científica. Processo científico e dignidade humana. É eticamente corretco tudo o que é cientificamente possível? Problemas éticos concretos: a clonagem humana, o uso terapêutico de células tronco embrionárias A tecnologia como condição para o desenvolvimento humano. Formação humanística do cientista e formação científica dos humanistas
Comunicação Presença da Universidade nos meios de comunicação social. A divulgação das ciências sociais: jornalismo científico. Ciência e televisão. Ciência e cinema.
A ciência popular na Internet. Estudo de casos específicos. websites universitários: estudo e propostas. Os suplementos dedicados à informação universitária na imprensa. As secções universitárias de jornais na internet. O que significa a televisão para um universitário? Universidade e redes sociais.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Educação para a Cultura

"DESCOBRIR" Projecto de Educação para a Cultura Será inaugurado amanhã, dia 4 de Outubro, o novo projecto educativo da Gulbenkian, “Descobrir”, que terá mais de 1500 eventos na próxima temporada. O projecto vai ser lançado com actividades destinadas essencialmente a crianças. Segundo notícias da Lusa, o programa articulará todos os projectos educativos que existiam há vários anos em cada um dos sectores da Gulbenkian. Rui Vieira Nery é o director deste Programa Gulbenkian Educação para a Cultura. Para além das actividades educativas do Museu Gulbenkian e do Centro de Arte Moderna, Descobrir a Música e Viver os Jardins, o programa alarga-se agora à área do cinema, em colaboração com a Cinemateca Portuguesa. "Achámos que havia vantagem em cruzar os programas", referiu Vieira Nery, indicando que a nova direcção vai apresentar um programa com mais de 1.500 eventos, actividades que se destinam desde os 2 anos até um público sénior. Durante a Jornada de Lançamento estão previstos concertos, oficinas, jogos e outras actividades nos jardins e museus da Fundação. Para 2008/2009 estão programadas visitas orientadas, concertos comentados, cursos, oficinas e jogos criativos.
Os visitantes terão a partir de agora a oportunidade de marcarem antecipadamente as actividades em que estão interessados através do "menu do dia". Desta forma podem preencher o dia com o que querem fazer, entre a oferta disponível. Na área do cinema, está previsto a apresentação de cinco longas-metragens que constituem "um olhar do cinema sobre as outras artes" e um programa de curtas-metragens feito em ligação com o Monstra - Festival de Animação de Lisboa e com o programa Gulbenkian de criação artística. No final da temporada, será apresentada uma ópera destinada a crianças e com a participação destas. Uma boa oportunidade para professores e famílias programarem as suas actividades! A não perder! Descubra este programa!