domingo, 21 de dezembro de 2008

Para incentivar o gosto pela leitura

A Biblioteca de Livros Digitais, disponível em http://e-livros.clube-de-leituras, apresenta livros em formato digital, conjugando a leitura com o cinema de animação, o vídeo e o áudio, de modo a incentivar o gosto pela leitura, tirando partido das novas tecnologias. As obras inseridas na Biblioteca de Livros Digitais reúnem diversas vertentes que tornam a leitura particularmente apelativa, convidando os leitores a transformarem-se em escritores e em ilustradores, e até mesmo a partilharem as suas produções com os cibernautas inscritos na Biblioteca dos Livros da Malta. Neste momento, já há 9 obras disponibilizadas na Biblioteca de Livros Digitais: A Joaninha Vaidosa, de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada; As Moedas de Ouro do Pinto Pintão, de Alice Vieira; Fala Bicho, de Violeta Figueiredo; Rato do Campo e Rato da Cidade, de Alice Vieira; Uma Flor Chamada Maria, de Alves Redol; A Revolta das Palavras Digitais, de Carlos Correia; A Cidadania de A a Z; de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada: Incêndio no Paraíso, com supervisão de Carlos Correia; Amigos Estrangeiros, com supervisão de Carlos Correia. Está previsto que, durante o próximo semestre, sejam disponibilizadas mais 35 obras. Através de um clique, acede-se a uma apresentação do livro que abrange a leitura, o cinema de animação, o vídeo e o áudio. Ainda antes de começarem a ler cada obra, os interessados têm a possibilidade de assistir a uma apresentação animada das personagens principais de cada livro, bem como de ouvir os autores e os ilustradores a falarem sobre os respectivos volumes. À medida que viram as páginas do livro, pode ler o texto e ver as ilustrações animadas, enquanto ouve uma leitura dramatizada da história, da responsabilidade de Lúcia Maria e de Manuel Coelho, do Teatro Nacional D. Maria II. No final do livro, dispõe de um espaço em branco que pode utilizar para escrever ou ilustrar, de modo a personalizar o seu livro, que passa a conter na capa o nome da pessoa a quem pertence. Através do registo na Biblioteca dos Livros da Malta, os leitores podem enviar e-mails aos restantes membros da comunidade virtual, recomendando livros e divulgando os textos que escreveram no final das obras disponibilizadas on-line. O grande objectivo deste projecto, que envolve o Centro de Investigação para as Tecnologias Interactivas, o Plano Nacional de Leitura, a Rede de Bibliotecas Escolares e o Plano Nacional de Ensino do Português (PNEP), é a criação de um instrumento que promova a leitura, tirando partido da natural apetência que os mais jovens têm pelas novas tecnologias. Visando incentivar o gosto pela leitura e pelos livros, a intenção é alargar o número de obras disponibilizadas, através de parcerias estabelecidas com editoras, autores e ilustradores. A prioridade vai ser dada às obras destinadas às crianças entre os 5 e os 7 anos, para as quais ler em interacção com o computador é particularmente útil para a aprendizagem da leitura, bem como para a motivação para esta actividade. A pensar nestas crianças que estão a dar os primeiros passos na leitura, o PNEP vai disponibilizar diversos materiais destinados à aprendizagem da leitura neste endereço electrónico. As actividades a propor pretendem contribuir para que as crianças, de uma forma apelativa, adquiram consciência fonológica, aumentem o vocabulário, desenvolvam estratégias de compreensão do texto e evoluam na automatização da decifração. Para mais informações, consultar a página da Biblioteca de Livros Digitais .

sábado, 13 de dezembro de 2008

Educação do carácter

EDUCAR O CARÁCTER O termo carácter pode ter diversas acepções: o de qualidade da vontade, como quando se diz que uma pessoa tem “muito carácter”, ou que “lhe falta carácter”; neste caso, significa decisão firme para seguir uma linha de conduta, conseguir uma finalidade, etc. Em sentido psicológico, carácter significa o conjunto de disposições psicológicas e de comportamento habitual de uma pessoa, modelado pela inteligência e pela vontade. É neste sentido que vamos usar agora este termo. Há quem pense que o carácter não é modificável: confundem-no com o temperamento, que é o conjunto de inclinações inatas de um indivíduo, resultantes da sua constituição psicológica e biológica. Não somos livres para escolher o nosso temperamento, mas o carácter é mais livre do que o temperamento. Somos responsáveis pelo nosso carácter, pelo uso que fazemos da nossa vontade livre e responsável. É possível e desejável que modifiquemos certas reacções primárias, mediante a educação. Como se educa o carácter? Toda a gente pode melhorar o próprio carácter, com o esforço pessoal voluntário. Embora nem sempre seja fácil, podemos modificar-nos, através dos actos que realizamos. Quando os actos se reiteram, geram a aquisição de hábitos. Através dos hábitos bons que se adquirem – virtudes -, a pessoa aperfeiçoa-se. E também pode piorar, ao adquirir maus hábitos – ou vícios -. Efectivamente, as disposições hereditárias têm grande plasticidade e podem modificar-se, com o tempo. As pessoas com uma vontade forte traçam o seu próprio carácter, orientam a sua conduta e desenham a própria personalidade. Num carácter que se desenha, têm grande influência, tanto a inteligência e a vontade, como a educação.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Hipertrofias e atrofias (I) A Pessoa: percursos de uma noção

HIPERTROFIAS E ATROFIAS... (I) O percurso filosófico que deu origem à noção de pessoa vigente na cultura actual é um processo longo e complexo. Simplificando muito podemos dizer que se foi identificando cada vez mais o homem com as suas dimensões operativas: depois do fracasso do idealismo de Hegel, perdeu-se a confiança nas possibilidades da razão; depois de Nietzsche e Schopenhauer, também a vontade ficou desacreditada; e a afectividade, hiper-valorizada por Freud, ao ser considerada como o dinamismo humano dominante mostra-se extremamente vulnerável. Com uma imagem gráfica, o Prof. Leonardo Polo aludiu a este facto: “produziram-se hipertrofias e atrofias; alguma das dimensões do ser humano agigantou-se (cresceu de maneira excessiva); outras, pelo contrário, sofreram uma paralização ou uma regressão…. Destas três dimensões (conhecimento, vontade, afectividade) dizemos que umas se atrofiaram e outra se hipertrofiou. Quais exactamente? Entendo que, na nossa época (…) se atrofiaram o pensamento e a vontade, enquanto que a afectividade alcançou uma espécie de papel principal, assumindo funções que as outras dimensões humanas já não desempenham, porque se atrofiaram”.

Hipertrofias e atrofias (II) Integrar a afectividade no desenvolvimento harmónico da pessoa (I)

INTEGRAR A AFECTIVIDADE O panorama cultural que apresentámos, no qual se verifica uma hipertrofia da afectividade, não deve levar a uma visão negativa da afectividade humana. É necessário desenvolver uma visão realista, equilibrada, que revalorize a esfera afectiva e a integre no desenvolvimento harmónico da pessoa. A dimensão da afectividade possui a mesma dignidade humana que a inteligência e a vontade. Os dinamismos afectivos humanos, mesmo estando muito ligados ao âmbito do sensível e sendo, portanto, inferiores à espiritualidade, são plenamente pessoais e radicam no mesmo princípio: a alma espiritual. Desta perspectiva surge uma visão positiva e realista da personalidade humana: a pessoa não é só afectividade - impulsos, afectos, emoções -; nem é só inteligência e vontade: “cabeça” e “punhos”. Há toda uma série de dinamismos intimamente interligados, todos eles importantes, que manifestam a riqueza da pessoa. Conhecer esta realidade é uma condição necessária para atingir o equilíbrio interior característico da maturidade pessoal. A afectividade é uma dimensão que, subordinada à vontade e à inteligência e modulada por elas, constitui uma força poderosa e criativa para realizar o bem próprio do homem, para servir ao bem dos outros e que capacita para amar.Tanto a atitude de desvalorizar a afectividade, como a de a hipervalorizar, conduz a uma atrofia da pessoa humana, a uma desumanização. É tão empobrecedor e desumano o emotivismo em todas as suas variantes - sentimentalismo, hedonismo, etc.- como o voluntarismo estóico ou a frieza afectiva.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Portugal como estudo de caso na evolução do Ensino Superior

A OCDE discute a evolução do ensino superior a nível internacional e apresenta hoje a reforma em Portugal como estudo de caso, na sequência das várias notícias que já foram aqui dadas. A reforma do ensino superior em Portugal é hoje discutida e apresentada pelo Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, na conferência que a OCDE promove em Paris subordinada ao tema “Ensino Superior 2030: Acesso, Qualidade e Globalização”. Participam nos trabalhos os ministros responsáveis pela pasta do ensino superior em França e no Reino Unido, respectivamente Valérie Pécresse e David Lammy, bem como o Comissário europeu Ján Figel, o Secretário Geral Adjunto da OCDE, Aart de Geus, e o Director Geral Adjunto da UNESCO, Nicholas Burnett. Organizada em colaboração com a Presidência francesa da União Europeia, a conferência tem por principal objectivo discutir o impacto das alterações demográficas, da inovação tecnológica e da globalização no futuro do ensino superior a nível internacional, dando ênfase á necessidade de reforçar a base social de recrutamento e os mecanismos de apoio á qualidade e excelência académica. O Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, foi convidado para apresentar o caso português no contexto das sucessivas medidas e acções de politica implementadas durante os últimos 3 anos, em particular no sentido de garantir a abertura das instituições de ensino superior à sociedade num contexto da sua acrescida autonomia, nomeadamente ao nível da reforma legislativa introduzida pelo novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (Lei n.º 62/2007, de 10 Setembro) e do “Compromisso com a Ciência”.
A Conferência agora organizada pela OCDE reúne em Paris peritos e representantes de todos os países da OCDE, marcando a conclusão do projecto sobre o “Futuro do Ensino Superior”, o qual foi conduzido ao longo dos últimos anos pelo Centro de Investigação e Inovação Educacional, CERI, da OCDE. A Conferência assinala ainda o 40º aniversário do CERI.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Alterações ao modelo de avaliação, para quando?

Finalmente, a ministra da Educação admitiu ontem estar disponível para alterar e até substituir o actual modelo de avaliação dos professores, mas apenas no próximo ano lectivo e desde que seja aplicado já este ano. "Uma vez iniciada este ano uma avaliação séria dos professores, estarei totalmente aberta à discussão de alterações a este modelo e até à sua substituição, mas em anos seguintes, não neste", disse Maria de Lurdes Rodrigues, no Parlamento. Durante um debate de urgência sobre a avaliação de desempenho dos docentes pedido pelo Bloco de Esquerda, a responsável recusou as acusações de "intransigência" repetidas por todos os sindicatos do sector e por todas as bancadas da oposição. A ministra reiterou, ainda, a sua disponibilidade para avaliar e corrigir o modelo de avaliação proposto pelo Governo, "mas apenas depois de ser aplicado". A ministra garantiu não ser "intransigente na defesa do modelo em vigor, mas apenas na defesa do princípio de uma avaliação séria e com consequências". Durante o debate, Maria de Lurdes Rodrigues voltou a admitir que antes das alterações introduzidas pelo Governo, há duas semanas, o modelo "era mais burocrático do que devia, provocando uma sobrecarga de trabalho às escolas e aos professores", uma situação que considera ficar resolvida com as medidas de simplificação entretanto anunciadas. Esta audição de urgência da ministra da Educação foi pedida pelo Bloco de Esquerda e todos os partidos da oposição vão apresentar projectos de resolução que pedem a suspensão do actual regime de avaliação dos professores, que serão votados hoje.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Existe ainda uma missão para a Universidade?

Existe ainda uma missão para a Universidade?
O Foro UNIV pretende levar a cabo uma reflexão sobre o papel da Universidade no mundo actual. Universitas, um saber sem fronteiras é o tema do Congresso UNIV 2009, cuja fase final terá lugar em Roma de 4 a 12 de Abril de 2009.
Eis aqui algumas das linhas orientadoras para todos os que desejarem participar nesta reflexão a nível mundial, proposto pelo UNIV:
"o desafio enfrentado pela Universidade é o de se recuperar como "Universitas". O sistema universitário ao qual estamos habituados gira em torno da Faculdade, muitas vezes entendida como um centro de ensino superior que oferece aos seus alunos e estudantes a oportunidade de se preparar para um trabalho profissional. Em geral, é realmente difícil encontrar pontos em comum entre as diversas faculdades de uma Universidade. E, no entanto, existem. Junto com o desafio, cabe a pergunta: qual é o papel que desempenha a Universidade numa sociedade pluralista? A sociedade espera da Universidade profissionais competentes, respostas científicas, soluções técnicas ou médicas. Mas o problema típico da sociedade pluralista é o diálogo. E, nesse aspecto, talvez a Universidade tenha também algo a dizer. Karl Jaspers definiu a Universidade como "uma comunidade de estudiosos e estudantes envolvidos na tarefa de encontrar a verdade" (A ideia de Universidade, introdução).
A Universidade é a instituição que representa o desejo humano de saber. Sem dúvida, está formada de várias Faculdades, ocupadas em diferentes áreas do conhecimento. O desenvolvimento das técnicas e o aprofundamento metodológico conduziram a uma especialização das disciplinas que, em si mesma, é boa e necessária, mas que resultou numa separação de conhecimentos, que dificulta a comunicação e distorce a identidade da Universidade. De facto, as diversas faculdades são unidades acidentalmente separadas na Universidade que é una por vários motivos. Cada área do saber contribui com o que lhe é característico: uma perspectiva, uma problemática, mas sempre sobre algo que é comum a todos. É una, também, porque a única resposta válida para o conhecimento universitário é a verdade. A Universidade está ligada apenas à autoridade da verdade, livre de interesses pessoais, políticos, religiosos ou ideológicos. A liberdade é parte essencial da personalidade, e renunciar a ela seria renunciar a si próprio. Estes são, em traços gerais, a unidade da Universalidade. Mas o que significa, na prática, essa unidade? No horizonte da unidade de fundo, a estrutura dos conhecimentos que se encontram na Universidade permite uma interdisciplinariedade profunda e consistente, que enriquece verdadeiramente as diversas disciplinas. Por outras palavras, permite um diálogo entre os diferentes conhecimentos: métodos de aprendizagem, abordagens, conclusões; crentes e não crentes, cientistas e humanistas, legisladores e executores; um diálogo regido apenas pela autoridade da verdade. Talvez a Universitas seja hoje a única área em que é possível um diálogo deste tipo. E é o diálogo que pede a sociedade. A Universidade – se é Universitas - pode acrescentar algo mais. Newman dizia que "se é preciso garantir um fim prático aos cursos universitários, diria que é o de formar bons membros da sociedade. A sua arte é a arte da vida social, e o seu objetivo é a preparação para o mundo" (Discursos sobre o fim e a natureza da Educação Universitária, sétimo Discurso, n.10). Newman viveu no século XIX, e, desde então, o mundo deu muitas voltas. No entanto, as exigências da sociedade pluralista expressam a urgência de que esse seja o maior valor da Universitas, porque a Universidade é o lugar de diálogo. Evidentemente, o diálogo que corresponde à sociedade política é muito diferente. Mas, em ambos os casos, trata-se de um diálogo entre pessoas com ideias diferentes, em que por vezes convivem antes de convencer. Aprender que esse diálogo é possível e de que forma é possível forma parte essencial da missão da Universitas, e não é algo acessível a uma única Faculdade, porque não é somente uma questão de retórica. Talvez este seja o mais decisivo papel que a Universidade pode desempenhar numa sociedade pluralista...
Dois séculos atrás, Newman afirmava, na obra atrás referida, que qualquer pessoa que tenha frequentado uma Universidade "encontra-se adaptada em qualquer sociedade, tem algo em comum com qualquer tipo de homens, sabe quando falar e quando permanecer em silêncio, é capaz de conversar e de ouvir, pode fazer uma pergunta pertinente, e aprender uma lição oportuna quando não tem nada a ensinar. Encontra-se sempre pronto a intervir, e nunca incomoda".
Universitas, dizíamos no início, é o nome de um desafio apaixonante. O objectivo do Fórum UNIV 2009 é abrir um debate internacional que ajude a descobrir as facetas desse desafio, e que sirva a todos para o tornar realidade. Animo a quem esteja interessado a participar neste diálogo e nesta reflexão!
E aqui está o link para o site do Congresso:

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Aspectos da reforma do Ensino Superior em Portugal

Os países da OCDE elogiaram há dias, em Paris, o progresso da reforma do ensino superior português, passados cerca de dois anos da apresentação do relatório de peritos internacionais a quem a OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico - solicitou em 2006 a avaliação do sistema de ensino superior em Portugal. O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior participou na reunião do Comité de Educação, assim como o Relator do grupo de peritos internacionais a quem a OCDE solicitou a avaliação do sistema de ensino superior em Portugal, Daniel O'Hare. O debate com o Comité de Educação centrou-se em cinco aspectos principais, os quais foram particularmente elogiados e discutidos como novas referências na modernização dos sistemas de ensino superior a nível internacional, nomeadamente: 1. O novo quadro renovado de autonomia das instituições de ensino superior consagrado pelo novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), incluindo a possibilidade das instituições se transformarem fundações públicas de direito privado, que facilita ligações mais fortes com os empregadores e o mercado de trabalho e promove as relações com empresas para o desenvolvimento de actividades de investigação e desenvolvimento; 2. O reforço do sistema binário e a sua contribuição para a progressiva diversificação da oferta de ensino superior, tendo sido particularmente referida a abertura do subsistema politécnico a novos públicos adultos e à formação pós-secundária através de cursos de especialização tecnológica; 3. A implementação de um novo regime de avaliação do ensino superior, incluindo a criação de uma agência independente de avaliação e acreditação; 4. O reforço do sistema de apoio social aos estudantes e, em particular, o novo sistema de empréstimos a estudantes com garantia pelo Estado, pela inovação que introduz nos sistemas de apoio a estudantes a nível internacional; 5. O reforço da capacidade de investigação e de internacionalização das universidades portuguesas, nomeadamente através da implementação de redes temáticas de I&D e de programas de pós-graduação, implementado através do programa de parcerias internacionais promovido no contexto do «Compromisso com a Ciência». O sucesso da reforma em Portugal num contexto internacional foi ainda discutido em termos do aumento do número de estudantes no ensino superior conseguido nos últimos dois anos, assim como pelo impacto das medidas tomadas que levaram à inversão efectiva da tendência de diminuição de alunos desde o ano lectivo de 2006-2007. Foi ainda referido que: A participação no ensino superior pela população com 20 anos aumentou em cerca de 10% durante os últimos 3 anos. A participação no ensino superior por adultos com 30-34 anos de idade aumentou cerca de 20% durante os últimos 3 anos. O total de diplomados por ano aumentou cerca de 19%, com os diplomados em áreas de ciência e tecnologia a atingirem um valor superior à média Europeia. Aumentou ainda o número de doutoramentos em áreas de ciência e engenharia. A reunião do Comité de Educação da OCDE concluiu o processo de avaliação internacional do sistema de ensino superior Português desencadeado em 2005.