terça-feira, 24 de junho de 2008
Violência escolar em debate
Está a decorrer a quarta conferência internacional sobre violência escolar na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Contou com a presença da ministra da Educação e estão presentes diversos peritos, entre os quais o presidente do Observatório Internacional para a Violência Escolar, Eric Debarbieux. O objectivo deste Observatório é ter influência nas políticas públicas. Segundo o presidente deste Observatório, em entrevistas dadas à imprensa, o verdadeiro problema de violência na escola é a violência continuada e repetida, chamada bullying, sobre alunos e sobre professores, que tem consequências graves para as suas vítimas. A investigação mostra que uma vítima de bullying pode tentar o suicídio mais quatro vezes do que alguém que nunca sofreu bullying na escola: é contra esta pequena violência que temos de lutar, afirmou o presidente do Observatório, salientando que a média do número de alunos vítimas de bullying não está a aumentar, mas este fenómeno é mais frequente e crescente nas escolas dos subúrbios e de zonas mais frágeis em termos sócio-económicos. Na Europa, a violência na escola está ligada à exclusão social e o que está a ser discutido no congresso é precisamente a violência em contexto. O contexto pode fazer parte da solução, na medida em que os alunos passem a gostar do clima escolar. Afirmou ainda que os professores não são preparados para intervir, em casos de violência. É uma prioridade repensar a formação, defende. A maneira como se gerem os conflitos é muito importante, há necessidade de formar os professores também para trabalhar em equipa; se não houver esse trabalho de equipa, a porta da escola está aberta para entrar a cultura de violência. A pedagogia pode contribuir para a solução, apostando na boa convivência escolar. Defendeu ainda que os professores devem receber formação para saber gerir conflitos.
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