segunda-feira, 9 de junho de 2008

O problema do plágio

Há dias li um artigo que me suscitou muito interesse, como professora. Versava sobre o plágio nos trabalhos escolares. Na newsletter de Tito de Morais, o autor refere que este é um problema transversal, que abrange todos os níveis de ensino. Verifica-se a existência de um verdadeiro "comércio" de trabalhos escolares, com inúmeros sites que oferecem trabalhos já feitos. Eu própria tenho encontrado, inúmeras vezes, anúncios de "serviços" que se oferecem para a realização de trabalhos nas mais diversas áreas. No referido artigo, o autor menciona que "a insensibilização para o plágio começa desde cedo. Muitas vezes ainda no pré-escolar. Por exemplo, na pesquisa de imagens para ilustrar trabalhos escolares". Aconselha ajudar a desenvolver o hábito de citar as fontes, desde muito cedo, pois "alterar comportamentos é complicado. Quanto mais cedo eles forem adquiridos, mais complicado se torna alterá-los". Além de desenvolver o Hábito de Citar as Fontes,
o autor aconselha, como estratégia, o Premiar a Utilização de Outras Fontes, para além da internet, onde é tão fácil encontrar e "copiar" informação. Menciona ainda a necessidade de Ensinar a Fazer um Trabalho, pois com frequência recorrem ao plágio, "porque pura e simplesmente não o sabem fazer de outro modo". Deste modo, aprender a estruturar e a desenvolver um trabalho é importante para prevenir a tentação do plágio. Pode ser uma boa medida, pedir-lhes que apresentem os trabalhos aos colegas, oralmente, ou em apresentações como o PowerPoint, ou de outro modo, que implique um trabalho pessoal; sugere, por exemplo, o software de desenvolvimento de mapas mentais. Efectivamente, a solicitação de apresentações orais dos trabalhos é um recurso muito útil, não só para o desenvolvimento de competências de expressão oral, mas também para evidenciar em que medida dominam os temas apresentados. Interessou-me especialmente a sugestão de usar Software de Detecção de Plágio: "extractos de frases do trabalho podem ser confrontadas com pesquisas num motor de busca tendo em vista a detecção de documentos com frases iguais". O artigo esclarece que já existem sites na Internet vocacionados para a detecção de plágio e que algumas Universidades Portuguesas já subscrevem os seus serviços para os docentes: "existem também mais de uma dezena de programas gratuitos que cumprem a mesma função. O desafio aqui é incentivar também os estudantes a usarem este tipo de software para detectarem eventuais problemas de plágio antes deste ser detectados pelos seus professores". A adopção de um Código de Honra é também sugerida no artigo: "é uma importante ferramenta que pode influenciar positivamente o comportamento dos estudantes a este nível". Para além do problema ético e de justiça implicados no plágio, o autor alerta para a conclusão de um estudo sobre o tema: "os países onde os alunos universitários mais admitem copiar nos exames são também aqueles onde o índice de corrupção é mais elevado". Os meus agradecimentos ao autor, pelas sugestões! Pedindo desculpa por também ter "plagiado" a imagem na internet, convido-o, se quiser, a ler o artigo na íntegra, no seguinte link:

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