segunda-feira, 21 de abril de 2008
Paz na Educação?
O Conflito na Educação parece, de momento, ter sido solucionado: finalmente, as negociações obtiveram resultados. As reuniões na sala do Senado da Assembleia da República, uma após outra, várias propostas do Ministério da Educação (ME) e da plataforma que reúne todas as organizações sindicais desbloquearam o conflito . A avaliação foi o centro da discórdia. A tutela admitiu, na contraproposta apresentada aos sindicatos, estabelecer as componentes mínimas obrigatórias de avaliação para este ano: a ficha de auto-avaliação, a assiduidade, a participação na vida da escola e em acções de formação contínua obrigatórias e a preparação das actividades lectivas com base na apreciação do dossier de disciplina. De fora ficou a observação de aulas e a evolução dos resultados escolares. O ME não aceitou a exigência sindical de completa suspensão, mas admitiu que a avaliação relativa a este ano lectivo apenas tenha em linha de conta os "elementos constantes dos registos administrativos das escolas". Esta é uma das várias aproximações que a tutela fez nos últimos dias em relação a várias reivindicações. Se nada de substancial fosse alterado, os professores voltariam à rua, em protesto, a 14, 21 e 28 de Abril e 5 de Maio. A 15 de Abril realizou-se o chamado "Dia D", de "debate nacional sobre o estado da escola pública". Neste dia de Debate nacional, o memorando de entendimento a que se chegara, depois de intensas negociações, foi aprovado pela grande maioria dos professores: a simplificação do processo de avaliação e as garantias prometidas relativamente às condições de trabalho, assim como a concessão de um tempo de trabalho individual, permitiram o clima de serenidade necessário ao desenvolvimento do trabalho dos professores. Não só os professores, mas todo o país respirou de alívio!
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