sábado, 2 de maio de 2009

Actividades pela paz dirigidas ao 1º ciclo do ensino Básico

"A guerra não é um brinquedo" é uma iniciativa da Amnistia Internacional de Portugal, cujos objectivos são a transmissão dos valores do respeito, solidariedade e a construção de uma escultura pela paz, e que pretende envolver o 1.º ciclo do Ensino Básico de todo o país. Reflectir sobre a violência, e escrever um parágrafo ou fazer um desenho sobre o que significa brincar. Explicar as palavras escritas ou as ilustrações feitas. Ler uma carta de sensibilização com os pais. Decidir se há ou não vontade de entregar um brinquedo bélico para a construção de uma escultura pela paz. Esta iniciativa da Amnistia Internacional de Portugal desenvolve-se no âmbito da campanha "Controlar as armas", que já anda no terreno. As actividades constantes no programa da iniciativa serão desenvolvidas até ao final deste ano lectivo. Neste momento, está a ser feita a divulgação junto das escolas do 1.º ciclo. O prazo das inscrições é até 15 de Maio. A proposta é que sejam os próprios professores a dinamizar a acção de sensibilização para o arranque do projecto que pretende que a comunidade educativa discuta sobre o tema da violência e o uso de armas. Os brinquedos bélicos dos alunos devem ser recolhidos pelas escolas inscritas com um propósito bem definido. Os objectos serão entregues à artista plástica Joana Vasconcelos que os usará como matéria-prima na construção de uma escultura em nome da paz. Uma obra de arte que será apresentada a 10 de Dezembro deste ano e que deverá ficar exposta na Assembleia da República durante algum tempo. As crianças que entreguem um brinquedo bélico recebem, em troca, um brinde."Se acreditamos na paz, na solidariedade e nas pessoas porque é que oferecemos às crianças brinquedos que as levam a reproduzir cenas de violência?" A pergunta está no texto que será distribuído aos pais. Pensar sobre o papel dos brinquedos no desenvolvimento e na construção da personalidade das crianças é um dos objectivos da iniciativa. Incentivar os pais a não oferecerem brinquedos bélicos é também um dos propósitos delineados. Uma das actividades propostas levará os alunos a reflectirem sobre o significado da palavra violência e sua dimensão. Há um questionário com afirmações com as quais se concorda plenamente, se concorda mais ou menos ou se discorda. "Os pais têm o direito de bater nas crianças irritantes" é uma das afirmações para classificar. Provocar a discussão sobre os efeitos das armas nos mais pequenos é o principal objectivo da actividade "Fotografias provocadoras". Os alunos observam várias fotos: de uma criança que pertence a um gangue da Colômbia, de uma criança no Iraque empunhando uma arma, de várias crianças penduradas num tanque de guerra, de uma criança com uma arma de brincar. Depois da visualização, pedem-se respostas a várias questões. "Achas que as crianças em Portugal têm de se preocupar com o comércio de armas?" Ou ainda: "Quantas pessoas achas que são afectadas pelo que estás a ver?"A campanha "Controlar as armas" arrancou em 2003 pelas mãos da Amnistia Internacional, em conjunto com a Oxfam e a IANSA - International Action Network on Small Arms. A decisão foi tomada depois da constatação de um cenário alarmante: mais de meio milhão de mortes por ano por causa da violência armada. A campanha pretende que todos os países sigam as mesmas regras, de forma a impedir a transferência irresponsável de armas para locais onde elas contribuem para violações de direitos humanos e do direito humanitário internacional, segundo a notícia de Educare.pt

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