terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

World Press Photo 2010

A fotografia de Bibi Aisha, uma jovem do Afeganistão mutilada pelo seu marido, foi galarduada com o primeiro prémio do World Press Photo de 2010. A imagem foi tirada em Cabul pela repórter fotográfica sul-africana Jodi Bieber e a 1 de Agosto do ano passado foi capa da revista Time. A jovem afegã de 18 anos foi castigada por um talibã por se ter refugiado em casa da sua família, fugindo do seu marido violento. Depois do veredicto dos talibãs, o seu cunhado arrastou-a para casa, o seu marido cortou-lhe o nariz e abandonaram-na. Foi resgatada pelos militares americanos e actualmente, desde a reportagem da Time, reside nos Estados Unidos, onde recebe ajuda e foi operada para reconstituir o nariz. A fotografia foi eleita entre mais de 100.000 imagens enviadas por 5.847 profissionais de 125 países. Este concurso, o maior enquanto participação e o mais internacional no seu ramo, é-o também no que diz respeito ao júri composto por 19 fotógrafos e editores de imagem de todo o mundo para eleger os prémios.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Que Segurança na Internet?

Artigo recente do Educare noticia que um estudo europeu revela que 42% das crianças portuguesas nunca foram alertadas para os perigos da Internet e que apenas 23% dos pais ajudaram os filhos quando alguma coisa os perturbou. E que sessenta e quatro por cento dos professores estabeleceram regras de utilização na sala de aula. Os pais portugueses estão atentos ao que os filhos fazem quando navegam na Internet? A resposta é sim e não. Há os que se preocupam e os que não fazem ideia do que se passa quando o computador é ligado pelos mais pequenos. Um estudo realizado pelo EU Kids Online revela que 42% das crianças e jovens portugueses, dos 9 aos 16 anos, nunca foram alertados para os perigos da Internet e que só quatro em dez pais é que se sentam ao lado dos filhos quando os dedos mexem no teclado do computador. Os pais, os amigos e os professores são os principais agentes de mediação no que diz respeito à utilização da Internet. E como é que os pais se comportam? Cinquenta e três por cento ficam por perto quando os mais novos usam a Internet, 43% fazem actividades em conjunto com os filhos, 57% vêem o que se passa mas sem interferir e 83% falam sobre o que é feito. Os pais desempenham um papel fundamental na mediação do uso da Internet e, para isso, adoptam diversas estratégias cuja eficácia é, no entanto, difícil de avaliar. Os mais novos são mais vigiados, tal como as raparigas, e a tendência é que quanto menor o estatuto socioeconómico menor a vigilância por parte dos pais. O estudo revela que as medidas restritivas utilizadas pelos adultos prendem-se, por ordem de importância, com dar informações a estranhos, fazer uploads para partilhar com outros, fazer downloads de músicas ou filmes, publicar o perfil numa rede social, ver vídeos na Internet e usar o correio electrónico ou o Messenger. Em primeiro lugar, os pais verificam os sites visitados pelos filhos e a seguir o seu perfil, os amigos contactados e as mensagens enviadas. No projecto EU Kids Online II foram inquiridos mil crianças e jovens portugueses, durante a Primavera de 2010, e um dos seus pais. Ao todo, nos 25 países participantes, foram entrevistados 25 000 crianças e jovens e 25 000 pais sobre riscos e segurança na Internet. As entrevistas foram feitas presencialmente, na casa dos inquiridos. Em Portugal, 78% dos mais jovens entre os 9 e os 16 anos usam a Internet e fazem-no sobretudo nos mais seus quartos (67%) do que em outros lugares da casa. Cinquenta e nove por cento têm um perfil numa rede social. Os dados recolhidos permitem concluir que Portugal é um dos países com menor incidência de riscos: apenas 7% afirmaram ter-se deparado com riscos como pornografia, bullying, mensagens de cariz sexual, contactos com desconhecidos. Treze por cento dos inquiridos já viram imagens sexuais em sites, 5% afirmaram ter ido a encontros com pessoas que conheceram online e 16% admitiram manter contacto com essas pessoas. No nosso país, 72% dos pais já explicaram aos filhos o que são bons e maus sites, 61% sugeriram maneiras de utilizar a Internet de uma forma segura, 48% já falaram sobre o que é feito no computador e se alguma coisa incomodou durante a utilização a Internet. O estudo dá ainda conta que só 23% dos pais é que ajudaram os filhos quando houve alguma coisa que os perturbou. Na parte da monitorização, as percentagens não chegam aos 50%. Trinta e cinco por cento dos pais costumam espreitar os sites visitados, 27% verificam o perfil dos filhos nas redes sociais, 25% analisam os amigos e os contactos constantes na rede social ou no serviço de mensagens instantâneas e 25% consultam as mensagens na caixa do correio. No que diz respeito à mediação técnica, 15% têm um serviço ou um contrato que limita o tempo que é passado na Internet. Vinte e dois por cento dos pais controlam ou recorrem a meios para bloquear ou filtrar alguns sites e 18% sabem quais os sites visitados. Sessenta por cento utilizam software para prevenir lixo ou vírus electrónico. Professores estabelecem regras Os amigos também são uma importante ajuda na utilização da Internet. Em Portugal, 63% dos amigos das crianças e jovens entrevistados ajudaram a encontrar alguma coisa na Internet ou a resolver alguma dificuldade de acesso, 53% explicaram porque é que alguns sites são bons ou maus, 45% sugeriram maneiras de utilizar a Internet de uma forma mais segura e 19% ajudaram quando alguma coisa incomodou no uso da Net. Os professores têm igualmente um papel importante nesta mediação. No inquérito português, 78% dos professores falam sobre o que os alunos fazem na Internet, 77% ajudaram a ultrapassar a dificuldade de encontrar ou fazer alguma coisa na Internet, 73% explicaram o que é um bom e um mau site e 68% sugeriram maneiras de utilizar a Internet de forma segura. Dezoito por cento dos docentes ajudaram os mais novos quando alguma coisa os incomodou e 51% já falaram sobre o que fazer nesses casos. Sessenta e quatro por cento dos professores estabeleceram regras sobre o que alunos podem fazer na escola quando estão a utilizar a Internet. O estudo europeu, que abrangeu 25 países, confirma que as crianças estão a começar a usar a Internet cada vez mais novas e que 93% dos utilizadores dos 9 aos 16 anos acedem à Internet pelo menos uma vez por semana e 60% fazem-no todos os dias. Oitenta e cinco por cento usam-na para trabalhos escolares. Doze por cento das crianças europeias admitiram que já se sentiram incomodadas ou perturbadas por alguma coisa que viram na Internet. Quinze por cento dos jovens dos 11 aos 16 anos já receberam mensagens ou imagens de cariz sexual e 30% das crianças, dos 9 aos 16 anos, afirmaram que comunicaram na Internet com alguém que não conheciam. O estudo europeu revelou que, nos últimos 12 meses antes da inquirição, 14% das crianças dos nove aos 16 anos tinham visto imagens obviamente sexuais. E 53% das que ficaram incomodadas, 33% falaram com amigos e 25% contaram ao pai ou à mãe. Estónia, Lituânia, Noruega, República Checa e Suécia foram os países onde a exposição a um ou mais riscos da Internet é mais acentuada e onde também se verificou uma maior gama de actividades online. A incidência do risco é menor em Portugal, Turquia e Itália. Este estudo europeu foi publicamente apresentado na Universidade Nova de Lisboa

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Acordo entre AEEP e Ministério contestado por 30 escolas

Segundo o Educare, cerca de 30 colégios com contrato de associação rejeitaram ontem o acordo assinado na quarta-feira entre o Ministério da Educação e a Associação de Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo. Num comunicado, os responsáveis destes 30 estabelecimentos, que se reuniram ontem à tarde depois de participarem num encontro promovido pela AEEP, afirmam-se surpreendidos com o acordo, que "só compreendem ter resultado da desmedida pressão por parte do Governo". "O acordo não defende os legítimos direitos dos alunos, famílias e trabalhadores", lê-se no documento, que não dá "qualquer crédito à opção política do estudo da rede" de escolas particulares com contrato de associação encomendado pela tutela à Universidade de Coimbra e que serviu de base ao acordo. As escolas decidiram ainda "apoiar as iniciativas em curso no Parlamento no sentido da reapreciação" do diploma que regula o financiamento do Estado aos estabelecimentos do ensino particular e cooperativo e "da determinação, pelo Tribunal de Contas, do real custo aluno/ano nas escolas do Estado". No comunicado, estes estabelecimentos apelam ainda às escolas com contrato de associação e aos cidadãos que "defendem a liberdade de aprender e de ensinar" que subscrevam uma petição pública que pede a alteração do decreto-lei. Os responsáveis asseguram ainda que vão "desenvolver sinergias com o SOS Movimento Educação [de pais e encarregados de educação] e com as associações de professores" que trabalham na defesa da liberdade de aprender e ensinar. O director do Colégio de Calvão, em Vagos disse hoje à Lusa que as escolas em causa rejeitam "os cuidados paliativos" decorrentes do acordo alcançado, considerando que pretende "matar estas escolas dentro de cinco anos". "Se daqui a cinco anos vai ser reavaliada a rede, o Estado tem cinco anos para construir mais escolas e asfixiar o resto dos estabelecimentos com contrato de associação", declarou.

Continuam os cortes na Educação: redução de 256 turmas no ensino privado

Segundo a Lusa e o Jornal Público, o Governo vai deixar de financiar um total de 256 turmas de escolas do ensino particular ao abrigo dos contratos de associação, mais 42do que o proposto no estudo da rede divulgado na semana passada. O acordo assinado na passada quarta-feira entre o Ministério da Educação e a Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular (AEEP), a que a agência Lusa teve acesso, consta um anexo com a lista dos 91 colégios e com a redução total de turmas financiadas em cada um, cujo somatório ascende a 256. No entanto, na semana passada, o estudo de rede apresentado pelo Ministério da Educação apontava para uma redução em 10 por cento do número total de turmas contratualizadas, cerca de 214, 146 no ensino básico e 68 no secundário. O Colégio da Torre Dona Chama, em Mirandela, o Colégio Rainha Santa Isabel e o Colégio de São Teotónio, ambos em Coimbra, são os mais penalizados, perdendo cada um o financiamento de 15 turmas, seguido do Colégio São João de Brito, em Lisboa, com 13. Por concelhos, Coimbra vai perder 54 turmas financiadas ao abrigo dos contratos de associação. Dos 91 estabelecimentos de ensino, 17 não perdem turmas e 14 ficam sem o financiamento relativo a uma classe, segundo o acordo de quarta-feira. A partir do próximo ano lectivo os contratos de associação com as escolas particulares são celebrados por um período de cinco anos, até nova avaliação das necessidades da rede pública. No entanto, caso a redução de turmas proposta implique a não abertura de qualquer classe em início de ciclo não se aplica a duração de cinco anos. Por outro lado, em 2011/2012 metade das 256 turmas (128) deixarão de ser financiadas e as restantes apenas no ano lectivo de 2013/2014. Inicialmente, o Governo pretendia deixar de apoiar 214 turmas já a partir de Setembro e, por outro lado, que os contratos fossem avaliados anualmente. As duas partes concordam ainda com as "regras de financiamento em vigor respeitantes aos contratos de associação", ou seja, segundo uma portaria aprovada no final do ano passado a verba a aplicar a partir de Setembro é de 80.080 euros, por turma/ano. Este valor é inferior em quase dez mil euros ao que a Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular reclamava. O documento assinado pela ministra Isabel Alçada e o presidente da AEEP, João Alvarenga, estabelece ainda a possibilidade de as escolas recorrerem a um reforço financeiro até cinco por cento da verba, tal como já previa aquela portaria. Segundo João Alvarenga, os 91 estabelecimentos de ensino vão ter os seus contratos renovados. "O número global de turmas a financiar, por estabelecimento de ensino, constará de cada contrato" e "a constituição de turmas é efectuada pela direcção das escolas, garantindo que os alunos que a frequentam aí completam o ciclo de ensino", são duas das disposições acordadas.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Saiu o DL 18/2011 que elimina a área de projecto

Segundo notícias do Educare e da Lusa, o recente DL 18/2011 permite a organização dos tempos lectivos dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico em períodos de 45 ou 90 minutos e elimina a área de projecto do elenco das áreas curriculares não disciplinares, procedendo à quarta alteração ao Decreto-Lei n.º 6/2001, de 18 de Janeiro. Entretanto, o secretário-geral da FENPROF afirma que mais de 30 mil postos de trabalho vão ser eliminados nas escolas no próximo ano lectivo, com os mega-agrupamentos, as alterações curriculares e a organização do ano escolar, mas o Governo não confirma. No final de uma reunião com o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Mário Nogueira afirmou que as contas da FENPROF, e que "o Ministério da Educação não conseguiu negar", apontam para uma redução de 30 a 40 mil horários, o que significa que "quase o mesmo número de postos de trabalho vão ser eliminados". "Nós calculamos que os mega-agrupamentos dêem uma redução na ordem dos 10 a 12 mil lugares, que as alterações curriculares dêem uma redução de 12 mil, sendo que 7 mil são horários de EVT [Educação Visual e Tecnológica], e que com a organização do ano escolar e o novo despacho sejam mais cerca de 10 mil. Isto dá qualquer coisa como 34 mil horários", disse. O secretário de Estado Alexandre Ventura confirmou que as alterações curriculares "vão implicar alterações nas escolas", mas negou que correspondam aos números avançados pela Federação Nacional dos Professores (FENPROF). Contudo, quando questionado quanto ao número de horários previstos serem reduzidos, o governante respondeu que o "Ministério da Educação não está de maneira nenhuma envolvido na abordagem de quantos [professores] serão necessários". "O Ministério da Educação está envolvido na prestação do seu serviço educativo com máxima qualidade, portanto mobilizará todos os recursos necessários para a satisfação dessa necessidade da sociedade portuguesa", afirmou. Caberá às escolas escolher os professores em função dos seus recursos, disse Alexandre Ventura. Mário Nogueira afirmou, por sua vez, que "as escolas só podem pedir pessoas em função dos critérios que o Ministério da Educação impõe", ou seja, menos 30 a 40 mil horários. O decreto-lei publicado na quarta-feira em Diário da República veio alterar o desenho curricular do ensino Básico e Secundário a partir de Setembro de 2011. O diploma decreta a extinção da disciplina de Área de Projecto, o fim da obrigatoriedade de frequência de Estudo Acompanhado, passando a ser apenas para alunos com dificuldades a Língua Portuguesa e Matemática, e o fim do par pedagógico na leccionação da disciplina de EVT, que passa a ter apenas um professor.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Segurança na Internet e Cidadania digital

No dia 8 de Fevereiro comemora-se o Dia Europeu da Internet Segura, este ano, subordinado ao lema: É mais do que um jogo. É a tua vida. Para assinalar a data, a Equipa RTE/PTE (SeguraNet) da Direcção Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular, leva a efeito, em Lisboa, no auditório da Escola Secundária de Camões, um seminário sobre Segurança na Internet. (Informa-se que a intervenção em língua inglesa contará com tradução simultânea). A participação está sujeita a inscrição em virtude das limitações, em termos de lotação, do auditório. As actividades programadas no âmbito do Dia Europeu da Internet Segura em Portugal decorrerão ao longo de uma semana. O site de Tito de Morais, Miúdos Seguros na Net, publicou há tempos um artigo intitulado "Nove Elementos da Cidadania Digital", que partilho aqui convosco, agradecendo ao autor a sua preocupação e cidadania activa no que diz respeito a temas tão actuais! A cidadania digital pode ser definida como as normas do comportamento adequado e responsável comportamento em relação ao uso da tecnologia. Etiqueta Digital: padrões electrónicos de conduta ou procedimento. Frequentemente, os utilizadores da tecnologia vêem esta área como um dos problemas mais prementes ao lidarem com a Cidadania Digital. Reconhecemos comportamentos inadequados quando os vemos, mas antes das pessoas começarem a usar a tecnologia não aprendem etiqueta digital (isto é, normas ou procedimentos de conduta adequados ao meio digital). Muitas pessoas sentem-se desconfortáveis em falar a terceiros sobre a sua etiqueta digital. Muitas vezes criam-se regras e regulamentos ou a tecnologia é simplesmente proibida como forma de parar o seu uso inadequado. No entanto, não é suficiente criar regras e políticas, devemos ensinar todos a tornarem-se cidadãos digitais responsáveis nesta nova sociedade. Comunicação Digital: a troca electrónica de informação. Uma das mudanças significativas da revolução digital é a capacidade de uma pessoa comunicar com outras pessoas. No século XIX, as formas de comunicação eram limitadas. No século XXI, as opções de comunicação explodiram oferecendo uma ampla variedade de escolha (por exemplo, correio electrónico, telemóveis, mensagens instantâneas). O alargamento das opções de comunicação digital mudaram tudo porque as pessoas são capazes de se manter em comunicação constante com qualquer outra pessoa. Agora todos têm oportunidade de comunicar e colaborar com qualquer pessoa, em qualquer lugar e a qualquer hora. Infelizmente, muitos utilizadores não têm sido ensinados a tomar a decisões apropriadas quando confrontados com as mais variadas opções de comunicação digital. Literacia Digital: o processo de ensinar e aprender sobre a tecnologia e sobre o uso da tecnologia. Enquanto as escolas têm feito grandes progressos na área da tecnologia de infusão, muito está ainda por fazer. Um foco renovado deve ser feito sobre que tecnologias devem ser ensinadas, bem como sobre como devem ser usadas. Novas tecnologias que não estão a ser usadas na escola (por exemplo, vídeo conferência, espaços de partilha online como wikis) estão a encontrar o seu lugar nos locais de trabalho. Acresce que, trabalhadores em muitas e diferentes ocupações necessitam de informação imediata (informação just-intime). Este processo requer capacidades sofisticadas de pesquisa e processamento da informação (isto, é, literacia da informação). Os alunos devem ser ensinados a aprender numa sociedade digital. Por outras palavras, os alunos devem ser ensinados a aprender qualquer coisa, a qualquer hora, em qualquer local. Os negócios, as forças armadas e a medicina são excelente exemplos em como a tecnologia está a ser usada de formas diferentes no século XXI. À medida que emergem novas tecnologias, os alunos precisam de aprender a usar essas tecnologias de forma rápida e adequada. A Cidadania Digital envolve educar as pessoas de uma nova maneira – estes indivíduos precisam de grau elevado de competências no domínio da literacia da informação. Acesso Digital: participação electrónica plena na sociedade. Os utilizadores da tecnologia precisam estar conscientes e apoiar o acesso electrónico para todos criando os fundamentos para a Cidadania Digital. A exclusão digital de qualquer tipo não aumenta o crescimento dos utilizadores numa sociedade electrónica. Todas as pessoas, sejam elas quem forem, devem ter um acesso equitativo à tecnologia. Locais ou organizações com conectividade limitada também precisam de ser abordados. Para sermos cidadãos produtivos, precisamos estar comprometidos com a igualdade de acesso digital. Comércio Digital: compra e venda electrónica de bens. Os utilizadores da tecnologia precisam compreender que uma grande parte da economia de mercado está a ser feita electronicamente. Trocas legítimas e legais estão a ocorrer, mas o comprador e o vendedor têm de estar consciente dos problemas associados. A disponibilidade geral da compra de brinquedos, vestuário, automóveis, alimentos, etc. através da Internet tornou-se comum para muitos utilizadores. Simultaneamente, surge uma quantidade equivalente de bens e serviços ilegais/imorais, tais como a pornografia e o jogos de azar. Os utilizadores têm de aprender a ser consumidores eficazes numa nova economia digital. Lei Digital: responsabilidade electrónica sobre obras e acções. A lei Digital trata da ética da tecnologia na sociedade. O uso não-ético manifesta-se sob a forma de roubo e/ou crime. O uso ético manifesta-se respeitando as leis da sociedade. Os utilizadores precisam de compreender que roubar ou causar danos ao trabalho, identidade ou propriedade online de outras pessoas é um crime. Existem certas regras da sociedade de que os utilizadores têm de estar cientes numa sociedade ética. Estas leis aplicam-se a qualquer pessoa que trabalha ou se diverte online. Aceder ou usar ilegitimamente informação de terceiros, transferir ilegalmente músicas, plagiar, criar worms, vírus ou Cavalos de Tróia, enviar spam ou roubar a identidade ou propriedade de qualquer pessoa não é ético. Direitos & Responsabilidade Digital: liberdades estendidas a todos no mundo digital. Tal como na Constituição Americana existe uma Declaração de Direitos, há um conjunto básico de direitos estendidos a todos os cidadãos digitais. Os cidadãos digitais têm direito à privacidade, liberdade de expressão, etc. Os direitos digitais básicos devem ser abordados, discutidos e compreendidos no mundo digital. Com estes direitos também vêm responsabilidades. Os utilizadores têm de ajudar a definir como a tecnologia deve ser usada de forma adequada. Numa sociedade digital, estas duas áreas têm de trabalhar em conjunto para que todos possam ser produtivos. Saúde e Bem-Estar Digital: bem-estar físico e psicológico num mundo de tecnologia digital. A segurança da visão, lesões por esforço repetitivo e boas práticas ergonómicas são questões que precisam de ser abordadas num novo mundo tecnológico. Para além dos problemas físicos, estão aqueles problemas psicológicos que se estão a tornar mais prevalentes, tais como a dependência da Internet. Os utilizadores precisam ser ensinados que há perigos inerentes à tecnologia. A Cidadania Digital inclui uma cultura onde os utilizadores são ensinados a proteger-se a si próprios através da educação e da formação. Segurança Digital (auto-protecção): precauções electrónicas para garantir a segurança. Em qualquer sociedade há indivíduos que roubam, desfiguram ou perturbam outras pessoas. O mesmo é verdade para a comunidade digital. Confiar nos outros membros da comunidade não é suficiente para a nossa própria segurança. Nos nossos lares, colocamos fechaduras nas nossas portas e alarmes de incêndio nas nossas casas para fornecermos algum nível de protecção. O mesmo deve acontecer com a nossa segurança digital. Precisamos de ter protecção contra vírus, cópias de segurança dos nossos dados e mecanismos de controlo de surtos nos nossos equipamentos. Como cidadãos responsáveis, devemos proteger a nossa informação de forças exteriores que podem causar perturbações ou danos. Fonte: Nine Elements of Digital Citizenship por Mike Ribble, © 2010, ISTE ® (International Society for Technology in Education), http://www.iste.org. Todos os Direitos Reservados. http://www.digitalcitizenship.net/Nine_Elements.html. Acedido em 12 Out. 2010. Autorização para tradução e distribuição gentilmente cedida ao Projecto MiudosSegurosNa.Net Tradução: Projecto MiudosSegurosNa.Net – http://www.MiudosSegurosNa.Net

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Recursos Educativos Digitais

"Portal das Escolas - Recursos Educativos Digitais para Portugal" Foi publicado um estudo estratégico pelo Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação, GEPE, intitulado "Portal das Escolas - Recursos Educativos Digitais para Portugal - estudo estratégico" da responsabilidade de José Luís Ramos (Coordenador), Vitor Duarte Teodoro, João Pedro Soares Fernandes, Francisco Melo Ferreira e Isabel Chagas. Este estudo enquadra-se no eixo "Conteúdos" do Plano Tecnológico da Educação pretendendo aumentar a disponibilização de recursos educativos digitais de qualidade às comunidades educativas, envolvendo os diversos actores educativos na respectiva produção e avaliação. O estudo propõe uma estratégia para a concretização daquele objectivo, bem como os procedimentos necessários à respectiva execução. Pode encontrar o estudo no site http://www.crie.min-edu.pt/